a refinaria Hydro Alunorte, no polo industrial de Barcarena (PA)
“A empresa norueguesa vem se notabilizando por, ao tempo que fatura milhões de dólares explorando o subsolo brasileiro, realizar uma gestão de profundo desrespeito aos direitos dos trabalhadores, buscando impedir o sindicato da categoria de realizar sua atividade em defesa dos trabalhadores”, afirmou em nota a CTB-Pará.
John Mckley venceu recentemente as eleições para o sindicato dos Químicos vencendo a chapa apoiada pela direção da empresa e que dirigindo a entidade nos últimos 8 anos. Após a eleição, Mckley foi demitido pela empresa, que não aceitou o resultado do pleito. O dirigente se recusou a assinar a documentação de demissão, argumentando corretamente que tem estabilidade sindical e não poderia ser demitido de forma criminosa, como a empresa tenta fazer.
De acordo com relatos, a direção da Norsk Hydro (Hydro Alunorte) mantém o jovem trabalhador em uma sala de onde não o deixam sair, sob vigilância de dois gerentes da empresa (gerente de área e gerente operacional). “Mais um crime cometem os donos da Norsk Hydro, dessa vez na área penal. No Brasil e, com certeza também na Noruega e qualquer país civilizado é crime é inaceitável o cárcere privado”, ressaltou Marcão.
“Precisamos, nesse momento da solidariedade de todos os trabalhadores para que, em primeiro lugar seja assegurada a liberdade e integridade de nosso diretor John Mckley e que em seguida o mesmo seja reintegrado”, completou.
Para os sindicalistas do Estado, é inadmissível que uma empresa norueguesa, ou se qualquer outro país, venha enriquecer no Brasil e viole a legislação e trate os trabalhadores brasileiros dessa forma vergonhosa.
"É realmente um absurdo o que está acontecendo com esse companheiro. Não podemos deixar que estes estrangeiros venham dar ordens dentro de nossa casa, libertem o John já!", defendeu Lucileide Mafra Reis, Federação das Trabalhadoras Domésticas.