Senadores defendem plebiscito: Brasil precisa de mais democracia
A realização de um plebiscito para consultar a população brasileira sobre a realização de novas eleições presidenciais, sugerida pela presidenta eleita Dilma Rousseff, em carta enviada ao Senado, esta semana, foi defendida por diversos senadores.
Publicado 18/08/2016 12:24
O senador João Capiberibe (PSB-AP) destacou que a proposta do plebiscito ganhou uma adesão importante: a da presidenta afastada, Dilma Roussef. “Espero que o presidente interino Michel Temer faça o mesmo, em respeito à sociedade brasileira”, afirmou o senador.
Para a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), uma consulta popular seria o ideal para resolver o impasse político pelo qual passa o Brasil. E seria uma solução democrática para socorrer a democracia brasileira.
“Porque se vivemos, e é fato, uma crise política, não podemos nós imaginar que a saída da crise política se chama Michel Temer. Pelo contrário. No entendimento que nós temos, a permanência desse presidente interino no poder fará tão somente agravar a crise política e institucional do país. Tomaram de assalto a cadeira da presidenta porque querem promover reformas profundas no Estado brasileiro. Querem trazer de volta o projeto neoliberal”, afirmou Vanessa.
João Capiberibe concorda com a colega parlamentar. Ele também avalia que um possível impeachment não vai resolver a grave crise política vivida pelo Brasil. Para superá-la, o país precisa de mais democracia, o que se concretizaria com a realização do plebiscito, reforçou o parlamentar.
“Essa é única saída para debelar a crise política, econômica e moral do país. Por isso, votamos contra o impeachment. Nosso objetivo é o plebiscito, para que o povo decida se quer a eleição de presidente de transição até 2018, ou não. Vamos convocar o povo às urnas para que ele decida que caminho devemos seguir”, defendeu.
O processo de impeachment, segundo Capiberibe, nada mais é que uma cortina de fumaça para tentar esconder uma nova eleição presidencial, dessa vez com apenas 81 eleitores e dois candidatos: Dilma Roussef e Michel Temer. Também representa, em sua avaliação, o fracasso da representação política no Congresso Nacional, que não soube encontrar uma saída para a crise.