Assassinato de candidatos do CNA comove África do Sul

A morte por ação de pistoleiros de Thembi Mbongwa é o assassinato mais recente, de uma série que tem comovido o país.

Mbongwa, de 35 anos, candidata à vereadora em uma área de Newcastle, foi assassinada a tiros diante de marido e filhos, quando desconhecidos armados invadiram sua casa no sábado, informou o porta-voz do CNA em KwaZulu-Natal, Mdumiseni Ntuli, ao repudiar o homicídio.

Ntuli afirmou estar preocupado pelo alto nível de homicídios políticos nessa província "e, de alguma maneira, vemos isso como uma tentativa de infundir o medo e atingir nossa vitória (do CNA)".

O partido expressou sua consternação pelo "assassinato sem sentido da companheira Thembi, que ia representar a sua comunidade como servidora pública".

Por sua vez, a Organização Cívica Nacional Sul-Africana (Sanco) pediu que "a equipe de trabalho multidisciplinar estabelecida pelo Ministro de Polícia para fazer frente à violência política vinculada às próximas eleições" comece "a apresentar resultados".

Jabu Mahlangu, porta-voz da Sanco, exigiu no domingo (3) que se coloque "fim às mortes e à violência" e sublinhou que este "crime atroz" foi um ato de covardia dirigido a comprometer o resultado dos processos democráticos.

Dirigentes de outros partidos também sublinharam que os homicídios dos representantes públicos estão se convertendo em uma tendência na província.

A morte de Thembi ocorre em apenas dois meses após o falecimento em similares circunstâncias, também em Newcastle, do vice-presidente regional da Liga juvenil do CNA, Wandile Ngubile.

Em maio, o vereador Thami Nyembe, em um distrito de Nongoma, norte de KwaZulu-Natal, foi assassinado enquanto dirigia seu veículo, em um incidente onde sua esposa ficou gravemente ferida.

Em 12 de junho, o presidente Jacob Zuma condenou energicamente a violência política quando participou do lançamento do manifesto eleitoral do CNA em KwaZulu-Natal.

Mais de 10 vereadores, candidatos a esse cargo, assim como membros desse ramo da organização no território, perderam a vida de forma violenta no decorrer do ano, segundo informes dos meios de comunicação.

KwaZulu-Natal, no leste do país, registra o maior número de assassinatos políticos nos últimos cinco anos, assegura a imprensa.

Fonte: Prensa Latina