Movimento social denuncia Mauricio Macri por “coerções agravadas”

O movimento social Túpac Amaru, do qual a militante Milagro Sala é integrante, denunciará penalmente o presidente da Argentina, Mauricio Macri e o governador da provícia de Jujuy, Gerardo Morales, por “coerções agravadas” e a deputada Mabel Balconte, ex-membro da organização.

Mauricio Macri - Efe

Segundo um comunicado oficial emitido pela organização, a denúncia foi apresentada nas primeiras horas desta segunda-feira (2) pelo coordenador nacional da Túpac Amaru, Alejandro “Coco” Garfagnini.

Garfagnini apresentou acusações de calúnia e injúrias contra Macri, o governador Morales, o promotor público Mariano Mirando e a ex-dirigente Mabel Balconte.

O comunicado da Túpac Amaru afirma que “a queixa da comissão de delito de calúnias contra Mabel Balconte se dá em função das declarações feitas pela deputada em meios de comunicação contra o dirigente Alejandro Garfagnini, que foi acusado de 'transportar malas de dinheiro'”. Balconte acusou ainda a dirigente Milagro Sala de “roubo de fundos públicos” destinados à construção de moradias populares.

Já as denúncias contra o presidente e contra o governador se devem à suspeita de que a deputada foi extorquida pelo governador, supostamente a mando do presidente, para fazer declarações contra a ativista Milagro Sala e outro integrantes da organização.

“A queixa por injúrias contra Macri são vinculadas às declarações do presidente em cadeia nacional onde ele acusou a Túpac Amaru de ser uma organização paramilitar. O objetivo do presidente é desacreditar publicamente a entidade”, afirma o comunicado.

Milagro Sala está presa desde janeiro deste ano, quando foi levada de sua casa, na província de Jujuy, acusada de “instigação de delitos e tumultos”. Quando, era responsável, na verdade, por organizar manifestações em defesa da construção de moradias populares.