CTB bancários divulga nota condenando golpe
Reunida em Salvador, no Sindicato dos Bancários da Bahia, a Coordenação da CTB dos Bancários Classistas lançou uma nota sobre a situação política diante do golpe em curso e seu impacto na democracia, no Brasil e na situação dos bancários.
Publicado 29/04/2016 17:09
Confira a íntegra do documento:
Maio: resistir ao golpe, defender os direitos e redução dos juros para sair da crise
Bancários e bancárias, neste maio, mês dos trabalhadores (as), vivemos um momento decisivo na vida do país. Diante do prolongamento da crise econômica, seus efeitos são potenciados pela investida das oligarquias políticas, financeiras e midiáticas, cujas sabotagens econômica e política visam depor, por meio de um GOLPE, a Presidenta eleita, Dilma Roussef, para impor gravíssima derrota ao Brasil, à democracia e aos direitos do povo. Esse é um golpe de Cunha, Temer, Globo e dos patrões. Não podemos nos enganar! Suas justificativas neoliberais somente reforçam a violência com que – na ausência de crime da Presidenta – inventam pretextos para que corruptos consagrados e protegidos cassem o voto popular. Só assim poderiam impor a agenda antipopular, que escondem e que também afetará a categoria bancária:
-Terceirização sem limites, com o aprofundamento da reestruturação e a extinção de áreas inteiras de serviços e tecnologia;
– Fim da política de valorização do salário mínimo, com arrocho salarial e volta das perdas para a inflação;
– Abertura do capital da Caixa e retomada das privatizações, tendo como alvos a CEF, o BB, o BNDES e a PETROBRAS, além da volta do regime de concessões, a abertura do mercado e a destruição da engenharia nacional;
– Ofensiva contra os trabalhadores, sindicatos, partidos de esquerda, movimentos sociais (mulheres, LGBT, negros), na lei e na marra, comprometendo ainda mais a democracia. É um golpe machista, com especial virulência no ataque aos direitos das mulheres;
– A cristalização da agenda dos parasitas do sistema financeiro, blindando o spread e taxas de juros elevadíssimos, aprofundando a rapinagem sobre trabalhadores, empresários e agricultores e com efeitos nefastos sobre a saúde dos bancários(as), com metas cada vez mais abusivas.
Todas essas razões devem alertar a categoria diante dos verdadeiros inimigos da classe, que promovem o GOLPE e desrespeitam a vontade popular, contra os trabalhadores, o povo brasileiro e a nossa categoria. Devemos RESISTIR AO GOLPE! Governo só é legítimo pelo voto direto do povo! Essa resistência será decisiva para o ambiente de nossa campanha salarial, que deve ter como centro a valorização do piso, o ganho real de salários, com a reposição das perdas, a proteção dos empregos e a luta por um sistema financeiro que ajude o Brasil a sair da crise, fortalecendo a economia, o emprego e diminuindo a brutal exploração representada pela SELIC e o spread que sufocam a economia brasileira!
Vamos resistir! Não vai ter golpe! Vai ter luta!