Orlando Silva banca Atila no PCdoB e descarta aliança com PT
Em matéria do Diário do Grande ABC, o presidente do PCdoB e deputado estadual, Orlando Silva, afirma que o deputado estadual Átila Jacomussi é pré candidato para a disputa da prefeitura de Mauá.
Publicado 13/02/2016 16:37 | Editado 04/03/2020 17:16
Por Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
Presidente estadual do PCdoB, o deputado federal Orlando Silva garantiu que o parlamentar paulista Atila Jacomussi (PCdoB) seguirá na sigla para disputar a eleição de outubro. O líder comunista ainda refutou possível aliança com o prefeito Donisete Braga (PT). “Com o PT de Mauá não há volta”, sentenciou.
O PCdoB já havia garantido legenda para que Atila concorresse ao Paço neste ano, incluindo a candidatura do parlamentar, inclusive, na lista de prioridades eleitorais do partido no País. Atila, porém, admitiu recentemente namorar com o PSB, em nítido aceno ao apoio do governador Geraldo Alckmin (PSDB). Nos bastidores, a ida do hoje comunista à legenda socialista é dada como certa.
“Estive com o Atila na semana passada e discutimos estratégias eleitorais. Ele foi incluído nas prioridades nacionais (do partido). De nossa parte, a candidatura dele está mais do que firme”, discorreu Orlando.
Inicialmente, a aproximação de Atila com o PSB foi construída pelas mãos de Caio França, filho do vice-governador e presidente estadual do partido, Márcio França. Caio é colega de Atila na Assembleia Legislativa. No entanto, o próprio vice-governador já teria admitido conversas com o deputado. O PSB mauaense é fiel aliado de Donisete e comanda duas secretarias (Habitação e Segurança). “Atila me deu a palavra que segue no PCdoB, sobretudo pela nossa amizade”, assegurou Orlando.
Diante das articulações de Atila, Donisete teria procurado Márcio França para amarrar a permanência do PSB na ala governista. O prefeito também já teria buscado reaproximação com o PCdoB, histórico aliado do PT. Fato esse descartado por Orlando, ex-ministro do Esporte dos governos petistas do ex-presidente Lula e da presidente Dilma Rousseff. A relação entre comunistas e petistas em Mauá azedou em 2014, com a saída de Atila do comando da Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá). À época, Donisete exonerou diversos comunistas do governo que apoiariam o nome de Atila à Assembleia.
RELAÇÃO ABALADA
O distanciamento entre PCdoB e PT em Mauá não é caso isolado na região. Em Diadema, a sigla dará suporte ao projeto de reeleição do prefeito Lauro Michels (PV), em confronto direto com o PT. O mesmo acontecerá em Rio Grande da Serra, com a chapa do prefeito tucano Gabriel Maranhão, em detrimento à candidatura do petista Claudinho da Geladeira.