Dilma é recebida aos gritos de “não vai ter golpe!”
Sob gritos de “não vai ter golpe”, a presidenta Dilma Rousseff foi ovacionada pelo público presente na Conferência Nacional de Saúde, na manhã desta sexta-feira (4), em Brasília. Esse foi o primeiro evento público no qual a presidenta participou desde a abertura do processo de impeachment contra ela na Câmara dos Deputados.
Publicado 04/12/2015 13:09
“Eu vou fazer a defesa do meu mandato com todos os instrumentos previstos em nosso Estado Democrático de Direito.”
“Não cometi nenhum ato ilícito previsto na nossa Constituição. Não tenho conta na Suíça. Não tenho na minha biografia nenhum ato de uso indevido do dinheiro público”, reafirmou Dilma.
Dilma foi recebida pelo público com os gritos de “Não Vai Ter Golpe!”
A 5ª Conferência Nacional de Saúde teve início na terça-feira (1º) e segue até sexta-feira (4) no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília. Participam do encontro cerca de mil pessoas, entre elas, representantes de conselhos de saúde de estados e municípios, formados por representantes de usuários do SUS (Sistema Único de Saúde) e por gestores públicos.
“Não vamos nos enganar. O que está em jogo agora são as escolhas políticas que nós fizemos nos últimos 13 anos”, ressaltou.
Defesa da democracia
“Para a saúde da democracia, a gente tem de enfrentar desigualdades. Para a saúde da democracia, temos de enfrentar o preconceito, o preconceito como o contra mulheres, negros, a população LGBT, quem quer que seja. Em terceiro lugar, para saúde da democracia nós temos de defendê-la contra o golpe”, disse.
“Eu vou fazer a defesa do meu mandato com todos os instrumentos previsto no nosso Estado Democrático de Direito. Tal como faço hoje vou continuar dialogando com todos os movimentos da sociedade para mostrar que essa luta não é em favor de uma pessoa, partido ou grupo de partidos. É uma luta em defesa da democracia desse país, construída com muito esforço ao longo das últimas gerações”, enfatizou.
Dilma afirmou que o governo enfrentou um “movimento sistemático” de questionamento dos resultados da eleição de 2014. Segundo ela, além disso, foram aprovadas no Congresso Nacional propostas que “postergaram” a retomada do crescimento, numa tentativa, segundo ela, de prejudicar o governo e o país.
No fim de seu discurso, a presidenta afirmou que vai continuar lutando e governando “até 2018”.