Ajuda russa deverá ser decisiva para rápida derrota do EI na Síria
Os golpes estratégicos realizados pela Rússia na infraestrutura militar do Exército Islâmico (EI) e de outros grupos terroristas na Síria, em apenas uma semana de ações, indicam uma pronta derrota dessas forças, destacam, nesta quinta-feira (8), meios de imprensa.
Publicado 08/10/2015 10:45
O Ministério russo de Defesa confirmou que como parte da operação iniciada por solicitação do presidente constitucional do país e de acordo com o direito Internacional já foram destruídos 19 postos de controle, 12 depósitos de munições e 71 veículos blindados. Um dos golpes da aviação das Tropas Aeroespaciais da Rússia destruiu em 4 de outubro, em Aleppo, os 32 veículos blindados em que se movia uma coluna do EI, segundo informações da RT.
Na véspera, em um despacho com o chefe do Kremlin transmitido por todos os canais nacionais, o ministro de Defesa, Serguei Shoigú, informou que a aviação russa destruiu 112 objetivos terroristas na Síria desde que começaram as operações em 30 de setembro.
O também general do Exército notificou igualmente que quatro cruzeiros da Frota do Mar Cáspio dispararam exitosamente 26 mísseis de cruzeiro do tipo Kalibr de uma distância de 1.500 quilômetros contra 11 objetivos.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, reconheceu a complexidade da operação que se leva a cabo com o consentimento do parlamento russo e das autoridades sírias e considerou que ainda é apressado avaliar qual será o resultado das incursões.
No entanto, pouco depois, o coronel Andrei Kartapolov, chefe da Direção de Operações do Estado Maior Geral das Forças Armadas, confirmou a importância do golpe lançado pelos navios da Frota russa do Cáspio contra infraestruturas do EI e da Frente Al-Nusra.
“Ao destruir estes objetivos, a mobilidade dos subversivos reduz-se e fecha-lhes a possibilidade de executar ações terroristas relevantes”, explicou o coronel.
A fonte precisou que as tripulações dos navios porta-mísseis Daguestão, Grad Sviyazhsk, Veliki Ustiug e üglich realizaram os disparos de acordo com o tempo de voo dos projéteis e as trajetórias previamente acordadas por zonas despovoadas. “Todos os alvos planejados foram destruídos”, concluiu o chefe de operações.
O diário russo Nezavísimaya Gazeta, de reconhecida autoridade em temas militares, opina, nesta quinta-feira, que o mau gerenciamento, as deserções em massa e os ataques aéreos russos debilitaram tanto a capacidade combativa dos terroristas, que logo nem sequer poderão resistir frente a um pequeno contingente terrestre.
Ao se referir à situação do EI em declarações ao portal britânico Dayli and Sunday Express, o pesquisador do Royal United Services Institute Afzal Ashraf, considerou que o grupo terrorista desaparecerá em matéria de horas assim que a comunidade internacional decida agir.
"Não levará muito tempo expulsá-los da maioria de seus territórios", concluiu o analista.