Dilma reafirma que lideranças devem priorizar interesses do país
Nesta terça-feira (6), durante cerimônia no Palácio do Buriti, sede do governo do Distrito Federal (Brasília), a presidenta Dilma Rousseff assinou decreto que favorece micro e pequenos empreendedores nas compras governamentais. No discurso, Dilma reafirmou que as lideranças do país têm de perceber quando colocar os interesses do país acima de outros interesses.
Publicado 06/10/2015 14:21
"Para mim, um país do tamanho do Brasil, para ser democrático, tem de exercer a democracia e a sua capacidade de se articular. Este país tem de perceber, e suas lideranças têm de perceber quando os interesses do país devem ser colocados acima de todos os outros interesses", afirmou.
Dilma ressaltou a importância das micro e pequenas empresas para a economia destacando que o setor é responsável pela “verdadeira revolução” na sociedade.
“E uma grande democracia só se constrói quando ela atinge o mais profundo da sociedade, quando este país, composto por trabalhadores, estudantes, tiver lá dentro da sua alma, no seu mais profundo ser, a presença de uma gama de milhões de pequenos e micro empreendedores”, disse.
O decreto prevê que licitações de até R$ 80 mil serão exclusivas para as micro e pequenas empresas; preferência para os micro e pequenos empreendedores como critério de desempate em processos licitatórios; e subcontratação de micro e pequenas empresas nas licitações de bens, serviços e obras do governo federal.
Soldado do PSB
O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB), participou do evento e disse que Dilma poderia considerá-lo como um “soldado” nos esforços para "superar desafios e construir uma cidade e um Brasil melhor para todos".
O PSB integrou a base aliada do governo e rompeu a aliança quando o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, decidiu concorrer ao Palácio do Planalto. Diante o acirramento da crise política, três governadores da legenda – Paulo Câmara (PE), Rodrigo Rollemberg (DF) e Ricardo Coutinho (PB) – se posicionaram contra um impeachment de Dilma, aumentando a pressão contra parte das bancadas do partido na Câmara e no Senado, que se posicionam em favor da proposta golpista da oposição.
"[É necessário avaliar] o que nós precisamos aprovar no Congresso Nacional para que possamos prosperar, desenvolver, para que Brasil possa resgatar sua capacidade de desenvolver", declarou Rodrigo. "De nossa parte, senhora presidenta, a senhora terá um soldado no sentido de construir essas condições para que a gente possa superar os desafios e construir uma cidade e um Brasil melhor para todos", completou.