Venezuela mantém controle em fronteira com a Colômbia

Caracas foi palco, na semana passada, de uma grande concentração em frente ao Palácio de Miraflores (sede do Executivo) em apoio ao estado de exceção decretado em vários municípios do estado de Táchira, no sudoeste, e ao fechamento do livre trânsito por esses cruzamentos na fronteira.

O vice-presidente da Venezuela, Jorge Arreaza, afirmou que em suas visitas às regiões fronteiriças constatou a aprovação popular das normas implementadas, as quais permitem resolver paulatinamente os problemas de abastecimento de produtos básicos, antes roubados pelos contrabandistas.

"As ações estão dirigidas a estabelecer uma nova ordem que garanta o controle dessas regiões para deter a expansão para a Venezuela de fenômenos que se iniciam na Colômbia", disse Arreaza.

Por sua vez, o governador do estado de Táchira, José Vielma, recusou a campanha midiática desatada pela direita colombiana em torno de supostos maus tratos e humilhações cometidos pelas autoridades venezuelanas contra cidadãos da nação vizinha.

"Os procedimentos são realizados em um clima de respeito e tratamento digno, apegados ao marco jurídico e aos acordos internacionais que regem este tema", assinalou o servidor público.

Por sua vez, a chanceler da Venezuela, Delcy Rodríguez, recusou recentes declarações do porta-voz do Departamento de Estado estadunidense, John Kirby, que manifestou preocupação pela piora da situação na fronteira colombo-venezuelana.

Através da rede social Twitter, Rodríguez qualificou como ingerência as propostas de Kirby e afirmou que, a partir de território colombiano, se promove a desestabilização da economia venezuelana mediante o ataque à moeda e o contrabando de combustível e de diversos outros produtos.

O presidente Nicolás Maduro reiterou na manifestação deste fim de semana que as medidas serão mantidas até se conseguir um compromisso da outra parte para estabelecer um novo esquema de controle fronteiriço que garanta consolidar a paz e a convivência nessas regiões.