Cinema Negro é tema do Festival Latinidades deste ano
A 8ª edição do Festival Latinidades começa nesta quarta-feira (22), em Brasília (DF). A iniciativa busca discutir questões relacionadas à mulher afro latino-americana e caribenha. Neste ano, o evento traz como tema principal o cinema negro e irá debater o protagonismo e a representação das mulheres negras nesta arte. O festival, que conta com apoio do Ministério da Cultura, segue até o próximo domingo (26) com programação gratuita e aberta ao público.
Publicado 22/07/2015 09:25
A abertura do Festival acontece no Cine Brasília com uma mesa de debate que contará com a presença da presidenta da Fundação Cultural Palmares, Cida Abreu. Na ocasião será discutida a relação entre educação e cultura e interações no combate ao racismo. Para Cida Abreu, "o Latinidades está consolidado na agenda cultural, com a lente da íris feminina, pautando a imagem do negro, e a importância da mulher negra no audiovisual".
Também participam da mesa a coordenadora-executiva do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades, Cida Bento; a cantora e compositora yalorixá do Ilê Axé Oxum Karê, Mãe Beth de Oxum; e a Consultora para o Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça e Subcomissão de Diversidade da Petrobra, Wania Sant´Anna. Poderá ser vista, no Cine Brasília,exposição de fotos de Angèle Etoundi Essamba.
Além disso, durante todo o evento, o público terá acesso a shows – entre eles o de Elza Soares, exposições, mesas, conferências e mostras de curtas metragens e filmes. Uma das novidades são as atividades sustentáveis com oficinas e ações que privilegiam transporte de bicicleta, por exemplo. A beleza negra como questão política também fará parte da programação e será tema da conferência da professora universitária Yaba Blay.
A coordenadora das atividades formativas do festival, Bruna Pereira explica que o tema deste ano é importante porque há dificuldade em ter acesso à produção cinematográfica e audiovisual de negros e negras e em fazê-la circular. "O festival busca dar visibilidade a esse trabalho. Entendemos que isso é fundamental para combater ao racismo e para divulgação de ideias e de produção cultural da população negra", explica Pereira.