Acampados, funcionários da GM protestam contra demissões
Os cerca de 150 trabalhadores da General Motors em São Caetano do Sul que estão em lay-off (suspensão do contrato de trabalho) estão desde o domingo (12) acampados na porta da empresa em forma de protesto pela demissão de 550 funcionários, incluindo trabalhadores que possuem estabilidade por doença de trabalho.
Publicado 16/07/2015 15:22
Em carta aberta "à população e aos trabalhadores ainda não demitidos", os funcionários afirmam que é "inadmissível" que a GM tenha realizado a demissão na mesma semana em que o governo federal anunciou o Plano de Proteção ao Emprego. Eles pedem a revogação das demissões e um debate franco entre a direção da empresa e a Comissão dos Trabalhadores Demitidos.
O documento também destaca que é preciso atentar para o fato de que a crise econômica que afeta o país é temporária e não pode ser utilizada como argumento para justificar tantos cortes e demissões em massa.
"O cenário atual não apaga os anos de lucro extraordinário que as montadoras, como a GM, tiveram na última década. Ao invés de diminuir sua margem de lucro, as montadoras aproveitam a crise para reestruturas suas plantas, demitindo os trabalhadores com os salários mais altos, para em seguida preencher essas vagas com salários reduzidos", diz a nota.
Na sexta-feira (17), os funcionários vão fazer uma manifestação na porta da fábrica para intensificar a mobilização da categoria.