Polícia dos EUA prende acusado de ataque a igreja afro-americana

A polícia dos Estados Unidos prendeu um homem acusado de matar nove pessoas dentro da Igreja Africana Metodista Episcopal Emanuel, em Charleston, na Carolina do Sul. Dylann Storm Roof, de 21 anos, foi identificado pela polícia durante uma blitz na cidade de Shelby, na Carolina do Norte, a 350 quilômetros de Charleston.

Jovem acusado de matar pessoas negras nos EUA

No fim da tarde, o suspeito foi transferido para o estado da Carolina do Sul, onde vai enfrentar a acusação de ter cometido o crime motivado por ódio.

A imprensa norte-americana afirmou que um tio de Roof contou, em depoimento, que o jovem ganhou a arma de presente do pai no dia do aniversário. A identidade do suspeito foi descoberta em uma investigação comandada pela polícia federal norte-americana.

Em pronunciamento, o presidente Barack Obama disse que tragédias como essa não acontecem com tanta frequência em outros países desenvolvidos, e é preciso impedir que se repitam. Ele e a primeira-dama, Michelle, conheciam um dos mortos no ataque, o reverendo Clementa Pinckney, pastor da igreja e membro democrata do Legislativo estadual.

Em 2012, depois do ataque a tiros a uma escola em Newtown, Connecticut, o presidente norte-americano propôs controle à venda de armas no país, mas foi derrotado pelo Congresso.

O ataque à Igreja Episcopal Metodista Emanuel aconteceu na noite de quarta-feira (17), quando 13 pessoas faziam reunião de estudo da Bíblia. Segundo a imprensa norte-americana, Dylann Roof se sentou ao lado dos fiéis durante uma hora, antes de atirar. Depois, o suspeito gritou que estava ali para matar pessoas negras. Nove pessoas morreram.

A Igreja Emanuel é uma das maiores e mais tradicionais congregações de afro-americanos do sul dos Estados Unidos. Foi fundada por escravos que lutavam por liberdade no século 19. Em 1962, o líder Martin Luther King e vários líderes passaram pela igreja na campanha em defesa dos direitos civis dos negros.