Ministra afirma que ajuste fiscal não afeta políticas para mulheres 

A ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), Eleonora Menicucci, garantiu nesta terça-feira (9), em debate na Câmara dos Deputados, que as políticas de igualdade de gênero não serão prejudicadas em razão do ajuste fiscal. Ela participou de comissão geral, no Plenário, para explicar aos parlamentares os planos e o cronograma de ações da secretaria.  

Ministra afirma que ajuste fiscal não afeta políticas para mulheres - Agência Câmara

Ela afirmou que o governo federal vai lutar pela implementação de políticas de igualdade de gênero no Brasil, independente de o País estar passando por um ajuste fiscal. “O ano de 2015 será de sacrifício financeiro, mas o corte em nosso orçamento foi praticamente zero”, comentou Menicucci.

A ministra assegurou que nenhuma das seis Casas da Mulher Brasileira, centros de apoio a vítimas de violência doméstica, previstas para este ano, serão prejudicadas pela crise econômica. Além de Campo Grande (MS) e Brasília (DF), já inauguradas, estão previstas a construção de mais cinco, em São Luiz (MA), Salvador (BA), São Paulo (SP), Curitiba (PR) e Fortaleza (CE).

Conforme Menicucci, cada Casa da Mulher Brasileira custa para a União aproximadamente R$ 9 milhões. O programa conta ainda com parcerias com estados, municípios, Ministério Público, Defensoria Pública, serviços de apoio psicológico, de assistência social e de emprego e renda, além de brinquedoteca, central de transportes, distribuição de passagens. Os postos funcionam 24 horas por dia.

Outros assuntos

A ministra falou também sobre os esforços da SPM para garantir uma maior participação feminina no Congresso Nacional. “Estamos sub-representadas no Parlamento”, enfatizou. E anunciou que, este ano, será realizada a 4ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, tendo como lema Mais direitos, participação e poder para as mulheres.

“Nós mulheres somos quase 52% da população e mãe da outra metade e consideramos que não estamos suficientemente representadas, infelizmente, nos diferentes Parlamentos do Brasil, a começar por este, com todo respeito a todos os Parlamentares, homens e mulheres, especialmente à bancada feminina, que é absolutamente aguerrida dentro desta Casa, sejam Deputadas, sejam Senadoras”, afirmou.

Ela salientou o empenho da bancada feminina para a aprovação da Lei do Feminicídio, que alterou o Código Penal para incluir o assassinato de mulheres por razões de gênero entre as modalidades de homicídio qualificado.

Eleonora Menicucci avaliou que a nova lei foi uma grande conquista para a sociedade brasileira. Ela informou que, com a norma, o Brasil se tornou o 16º país da América Latina a tipificar como crime específico o assassinato de mulheres por razões de gênero.

O debate com Eleonora Menicucci fez parte da série de comissões gerais que a Câmara pretende fazer neste ano com os 39 chefes de ministérios.