Ministro da Economia da Argentina recorda danos do neoliberalismo 

O ministro da Economia argentino, Axel Kicillof, recordou os danos das políticas neoliberais a seu país e lamentou que custe fazer compreender às novas gerações.

Ministro da Economia argentino, Axel Kicillof

Em sua intervenção na abertura do Congresso da Associação de Economistas para o Desenvolvimento da Argentina (AEDA), Kicillof qualificou o fracasso dos planos econômicos durante o governo de Raúl Alfonsín (1983-1989) e a hiperinflação de 1989 como experiências traumáticas para a nação.

O ministro reforçou que mais adiante, nos anos 90 do século passado, venceu a ideia de que a doutrina neoliberal era o resultado evolutivo das ciências econômicas, que tinham chegado à verdade e à chave do sucesso.

Foram anos obscuros e de discurso opressor, nos quais o neoliberalismo "era o senhor do mundo" e a Argentina era considerada pelos centros internacionais como o seu "melhor aluno", assinalou Kicillof.

Sobre a situação atual, analisou que é diferente e está centrada na realidade, um entrave para o pensamento único, a ortodoxia e as receitas neoliberais.

Nesse sentido, questionou consultores, economistas e jornalistas que em um "bombardeio" permanente "passam dizendo que tudo está mal".

Como consequência do neoliberalismo, segundo dados do Banco Mundial, na Argentina o número de pobres entre 1994 e 1998 cresceu em mais de quatro milhões.

Ao final desse período, a pobreza atingiu a cerca de 12 milhões de pessoas, 29% da população, e a indigência a 2,6 milhões, 7%.

Fonte: Prensa Latina