Rússia e China: o coração da Eurásia
O presidente russo, Vladimir Putin declarou nesta sexta-feira (8) que a cooperação entre a Rússia e a China é simplesmente o trabalho conjunto entre as duas nações com interesses comuns. Segundo o presidente russo, as relações entre os dois Estados atingiram níveis sem precedente. A declaração foi feita antes da estreia do filme "Rússia e China: o coração da Eurásia."
Publicado 08/05/2015 17:34
O filme conta a história dos dois países, desde o século 17, mostrando a evolução das relações entre eles, que oscilavam do isolamento completo à amizade. Ambos os países contribuíram muito à Vitória na Segunda Guerra Mundial e compartilham de relações muito próximas hoje em dia.
No filme, Putin nota que a cooperação entre os dois Estados não é dirigida contra ninguém, mas é simplesmente cooperação conjunta de países que compartilham interesses comuns.
O líder chinês, Xi Jinping, declarou que é importante reforçar contatos e intercâmbios culturais para que os povos possam saber mais sobre o caráter nacional e espiritual dos seus visitantes.
Anteriormente, o vice-chanceler da China, Cheng Guoping, declarou que as relações entre a China e a Rússia são baseadas em princípios comuns e são um exemplo bom para outros Estados do mundo.
Os dois países reforçam a cooperação em várias áreas, incluindo comércio, defesa e tecnologia. Mais tarde na sexta-feira os chefes da Agência Espacial Federal da Rússia, Igor Komarov, e do Escritório de navegação por satélite da China, Wang Li, assinaram a declaração conjunta sobre a aproveitamento dos sistemas chinês BeiDou e russo Glonass.
O documento foi assinado por Igor Komarov e Wang Li em Moscou com a presença dos líderes da Rússia e da China, Vladimir Putin e Xi Jinping que chegou a Moscou para participar da Parada da Vitória em 9 de maio.
A declaração conjunta vem a seguir do acordo de cooperação na área de navegação por satélite que os dois Estados assinaram em fevereiro.
No ano passado, a China declarou que o seu sistema de navegação global será plenamente operacional até 2020.
A China planeja quase dobrar o número de seus satélites, em órbita da Terra, para o número total de 35 no prazo de cinco anos. Assim, o país será o terceiro, depois dos Estados Unidos e da Rússia, na operação de sistema de navegação global.
O projeto russo Glonass foi lançado em 1993 para ser uma alternativa ao sistema norte-americano GPS. Agora, a rede Glonass tem 28 satélites, 24 dos quais são totalmente operacionais para fornecer posicionamento e velocidade de dados em tempo real para objetos ao redor do mundo.
Fonte: Agência Sputnik