A Reforma Política e Gilmar Mendes: Uma novela com mais de 400 dias
"Não adianta mudar o sistema político-eleitoral brasileiro se for mantido o atual esquema de financiamento de campanhas, com contribuição de empresas privadas", externou a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB/AM) ao falar sobre a importância da reforma política que tenha por centro o fim do financiamento empresarial de campanha.
Publicado 08/05/2015 14:44
Durante seu pronunciamento, a senadora do PCdoB ainda pontuou a morosidade do ministro Gilmar Mendes, que pediu vista da ação direta de inconstitucionalidade (Adin) proposta pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) que questiona a doação de pessoas jurídicas para campanhas eleitorais.
"Peço ao ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que viabilize a conclusão do julgamento da ação direta de inconstitucionalidade (Adin)", conclamou Vanessa. Ela ainda lamentou a lentidão no avanço da questão de gênero na representação política. "Embora as mulheres constituam 52% do eleitorado, existem apenas 51 deputadas entre os 513 integrantes da Câmara, enquanto apenas 13 senadoras têm assento no Senado composto de 81 parlamentares".
400 dias e nada
Essa ação está há 400 dias com Gilmar Mendes, que pediu vista do processo quando a ação contava com seis votos favoráveis dos 11 ministros do Supremo. A "demora" do ministro em devolver a ação e permitir a conclusão do julgamento levou os internautas a criarem a hashtag #devolvegilmar, que viralizou na internet. Além disso, foram criados um abaixo-assinado e um evento no Facebook e até um cronômetro, que contabiliza em quantos dias ele "está atrasando o andamento da Adin".