Farc pedem o fim do paramilitarismo na Colômbia

“A paz com guerra suja não será a paz”, apontaram as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia-Exército do Povo (Farc-EP), em um comunicado divulgado aqui.

O acordo de Havana deve "ser construído sobre certezas e, bem longe, o suficientemente longe da traição", sublinhou o texto que cita vários fatos que envolvem a morte de dirigentes e membros de organizações políticas.

“Um povo como o colombiano, cada vez mais consciente de seus direitos, que reclama paz com justiça social não tolerará mais vitimizações coletivas por conta do Estado, responsável supremo do conflito”, afirmou a guerrilha.

“A origem desta violência do sistema está nas estruturas políticas, econômicas, sociais e culturais, de dominação e exploração, de desigualdade, pobreza e miséria, de exclusão e desigualdade que abatem o país”, explicaram.

Agregaram que está também na implementação de políticas encaminhadas à preservação e prolongamento do regime.

“O Governo deve entender que não poderá haver a transformação de uma organização armada em movimento político aberto para debater nas praças públicas ideias e visões de país, sem armas, se não for eliminado o paramilitarismo”, assinalaram.

As Farc recordaram que o Acordo de Havana de agosto de 2012 contempla, no terceiro ponto sobre fim do conflito, o esclarecimento de temas como o paramilitarismo.

“O fim do paramilitarismo e da guerra suja é uma exigência da paz”, reiteraram e nesta direção propuseram aos colombianos o estabelecimento de um sistema de alerta que informe à Mesa de Havana a presença desses grupos em seus territórios.

Fonte: Prensa Latina