Comunicação eletrônica padronizada e conservadora rema contra o Brasil
"O Brasil possui uma comunicação eletrônica padronizada nos moldes mais atrasados, mais conservadores e sempre com propostas antipopulares. A Rede Globo não está aí por acaso, ela ocupou um espaço deixado de lado pelo Estado brasileiro desde a formação desse mercado", avaliou o pesquisador Laurindo Leal Filho, em entrevista à Rádio Vermelho, ao fazer balanço dos atos realizados contra a Rede Globo neste último dia 26 de abril.
Joanne Mota, da Rádio Vermelho
Publicado 28/04/2015 18:08
Segundo ele, podemos definir que a comunicação eletrônica da forma que se consolidou rema contra o Brasil.
"A Rede Globo ocupou um espeaço e até hoje nenhum governo brasileiro teve coragem de reorganizar esse setor, que é público. Esse movimento, por exemplo, poderia abrir espaço para fortalecer e fomentar a comunicação pública", destacou.
Proposta alternativa
Lalo Leal, que comanda o programa VerTv, exibido pela TV Brasil, destaca duas vias possíveis para se democratizar a comunicação no país. "Existem dois caminhos principais. O primeiro é a regulação, ou seja, o Estado abrir espaço para que outras vozes possam falar também. O segundo é fortalecendo a comunicação pública, precisamos ter uma comunicação de conteúdo alternativo ao que até então foi apresentado", sinaliza.
Ele ainda destacou um terceira via. "Também precisamos ter em mente a importância de se fortalecer os movimentos alternativos nas redes. A internet é um espaço imenso e o movimento de blogueiros tem sua presença. Esse movimento carece de mais atenção por parte do Estado", defendeu.
Congresso conservador
Ao refletir sobre as contradições e lutas no seio do Congresso Nacional mais conservador desde 1964, Laurindo Leal ponderou que "o país já viveu momentos melhores que o atual. Infelizmente, nesse Congresso atual dificilmente seria aprovada uma lei que regulasse o sistema de comunicação. Em outros momentos também, mas no atual isso ainda fica mais difícil".
"Colocar no Congresso Nacional, hoje, uma lei de meios é algo muito difícil. Porém, são dificuldades que nos tornam mais fortes. Penso que a Campanha para Expressar a Liberdade é importante, pois além de propor um projeto de lei de iniciativa popular, ela promove o debate em torno do tema. Só isso, já vale a luta e mobilização em torno dessa importante bandeira", explicou Lalo durante a entrevista.
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