Deputados de PCdoB, Psol, PDT e PSB criticam atitude de Cunha
Deputados do PCdoB, PSB e PDT criticaram a condução dos trabalhos do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), durante a votação de emenda do PSDB à proposta que regulamenta a terceirização. Segundo a líder do PCdoB, deputada Jandira Feghali (RJ), a emenda do PSDB distorceu sua emenda original, que estendia os direitos conquistados pelos empregados da empresa contratante aos terceirizados.
Publicado 23/04/2015 11:42
No decorrer do debate, a deputada tentou retirar a emenda, mas o presidente da Câmara negou essa possibilidade com base em interpretação do Regimento Interno segundo a qual uma emenda com parecer não poderia ser retirada pelo autor.
“Não é possível que o presidente da Casa use de sua prerrogativa para atropelar os partidos e o Regimento da Câmara”, afirmou Jandira.
Cunha explicou que o Regimento depende de interpretação. “Várias interpretações que dou, quando são contrárias ao interesse A ou B, esses grupos acham que o Regimento foi desrespeitado”, disse, ressaltando que seu único compromisso é colocar a matéria em votação.
Interpretação do Regimento
Para o líder do Psol, deputado Chico Alencar (RJ), a regra geral do Regimento foi interpretada com subjetividade que se choca com o interesse democrático. “Vossa excelência tem dito que é escravo do Regimento, mas tem agido como monarca absoluto”, criticou.
O líder do PDT, deputado André Figueiredo (CE), disse que a votação desta noite (ontem) “maculou a gestão” de Cunha na Presidência da Câmara.
O deputado Glauber Braga (PSB-RJ) criticou o que ele classificou como imposição da agenda do Legislativo pelo presidente da Câmara. “A imposição desse tipo de agenda conservadora e privatizante é o que se impôs para o Parlamento como agenda nacional”, afirmou.
Braga também criticou ter sido impedido de falar mais contra a proposta de terceirização, enquanto outro parlamentar teria discursado mais a favor. Em resposta, Cunha disse que a fala de Braga foi cortada porque ele não estava tratando sobre a emenda em discussão.
Do Portal Vermelho
De Brasília, com Agência Câmara