Cristina Kirchner viaja para a Rússia

Uma nota oficial emitida pela Casa Rosada indica que a visita da presidenta argentina a Moscou tem o objetivo de aprofundar o que ambos governos consideram aliança estratégica bilateral.

Cristina Fernández viaja acompanhava do chanceler Héctor Timerman; o secretário de Justiça, Carlos Zannini; os ministros de Defesa, Agustín Rossi; de Indústria, Débora Giorgi, e o secretário de Comunicação Pública, Alfredo Scoccimarro, além do presidente do Banco Nación, Juan Ignacio Forlón, entre outros.

Conforme um comunicado oficial, na quarta-feira em Moscou haverá um foro empresarial e na quinta-feira ela será recebida pelo presidente russo Vladimir Putin para definir vários importantes acordos em diversas áreas.

Entre eles estão os investimentos da Rússia para a construção da represa Chihuido, a sexta central nuclear da Argentina e negociações entre a petroleira YPF e Gazprom.

A comitiva oficial incluirá uma delegação importante de empresários que buscarão fazer negócios, que estarão respaldados pelos ministros de suas esferas de ação.

Em termos políticos, na Chancelaria assinalam que a viagem servirá para "reforçar a independência da política exterior argentina e a vontade de procurar fontes alternativas de financiamento e transferência de tecnologia".

A represa hidrelétrica Chihuido I sobre o rio Neuquén, já atribuída, e o avanço nas negociações sobre uma central nuclear de urânio enriquecido e água leve terão uma presença destacada no diálogo bilateral, assinalou a agência de notícias Télam.

Relevante será também a assinatura de um memorando de entendimento entre a empresa estatal russa Gazprom e a argentina YPF para o desenvolvimento da produção de gás.

Nos últimos dias anunciou-se a intenção de que a petroleira estatal russa abra escritórios em Buenos Aires com a intenção de desembarcar com força na Argentina, efetuar investimentos e estabelecer um plano de pesquisa e exploração.

Porta-vozes oficiais argentinos assinalam que Cristina Fernández viaja com o propósito de consolidar as relações com a Rússia e incentivar a possibilidade de que se apresentem outros tipos de investimentos na Argentina em áreas como a indústria automotiva.

A visita é em reciprocidade à efetuada em meados de 2014 por Putin, que é partidário de que Argentina ingresse no grupo de países emergentes Brics, que integram Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

Durante esse encontro Fernández e Putin acordaram trabalhar para que o intercâmbio comercial ascendesse a US$ 5 bilhões. Já avançou de US$ 1 bilhão em 2011 a US$ 2,6 bilhões em 2013 e superou os US$ 3 bilhões em 2014.

Fonte: Prensa Latina