10ª Conferência: PCdoB Fortaleza reúne organizações de base em debate
Na pauta do encontro, o documento da 10ª Conferência Nacional do Partido, a organização partidária e ainda a mobilização para a Greve Geral, marcada para a próxima semana, contra o Projeto de Lei 4330, que trata sobre as terceirizações.
Publicado 12/04/2015 08:13 | Editado 04/03/2020 16:26
O Comitê Municipal do PCdoB de Fortaleza realizou na tarde do último sábado (11/04) o Encontro de Bases. O objetivo da reunião é oficializar os encontros e torná-los regulares. “A expectativa é que o encontro faça parte da cultura do Partido, tornando-se tão importante quanto outras instâncias, com o intuito de escutar os quadros de base e ser ponte entre a direção e os militantes”, ratifica Viviane Rodrigues, secretária de organização do PCdoB de Fortaleza. “Nossa ideia é que essas reuniões sejam semestrais, inclusive apresentamos uma proposta de regulamentação do Conselho de Bases do Partido, definindo quem participa e por quanto tempo será o mandato”, acrescenta.
Segundo Viviane, os encontros devem mobilizar as mais de 100 organizações de base do Partido em Fortaleza. “Queremos resgatar o funcionamento delas, colocar o PCdoB em movimento, discutindo os documentos da 10ª Conferência Nacional e a regulamentação do próprio encontro. Além disso, devemos enfrentar esta conjuntura política pela qual estamos passando. Para isso a organização partidária a partir das bases é vital. O PCdoB é essencialmente um partido de bases, com espírito coletivo de fazer política e o Conselho de Bases é uma ferramenta eficaz para envolver todos os militantes”, considera.
PCdoB: papel articulador
Para Francinet Cunha, presidente do PCdoB de Fortaleza, o Conselho de Bases será a “ligação direta que a gente busca manter com as bases e mecanismo de acionar mais rapidamente o Partido”. “O momento de crise em que vivemos obriga que o Partido assuma um papel articulador da esquerda. Se a gente tem convicção de que a direita conseguiu unificar todas as forças mais reacionárias do país em torno de um projeto, nós precisamos fazer o movimento contrário. O PCdoB tem esta responsabilidade e este encontro tem o objetivo de discutir isso”, ratifica.
Segundo o dirigente comunista, o documento que prepara o partido para a 10ª Conferência reforça a ideia de que o PCdoB precisa assumir seu papel neste momento de crise. “Devemos buscar ser um partido vivo em cada local de atuação, onde possam ser discutidos os problemas locais associados à questão política mais geral. Devemos ter a dimensão do que está em jogo, ter a compreensão dos dois projetos que estão em disputa e, para isso, é preciso que haja reação. Esta reação é exatamente o que o Partido está propondo: que se forme uma grande frente em defesa da democracia e do desenvolvimento do país. E esta frente ampla, para se formar, vai se compondo a partir de bandeiras que unifiquem”.
Francinet Cunha cita o combate ao processo de terceirização “que a direita, articulada no Congresso, está propondo”. “O governo Dilma está propenso a vetar o PL e os movimentos sociais organizados estão convocando uma Greve Geral para a próxima quarta-feira, dia 15, que representa o movimento de fortalecimento do projeto de desenvolvimento do Brasil. Se conseguirmos sair deste debate unificado e com a mobilização consolidada, já teremos dado um grande salto. Com o Conselho de Bases regulamentado, além dos encontros ordinários, poderemos acionar mais rapidamente a nossa militância sempre que tiver uma questão política maior, um fato mais importante, pois teremos mais este instrumento de mobilização”, defende.
O Encontro de Bases do PCdoB dá o pontapé inicial para a realização das mobilizações acerca das discussões dos documentos da 10ª Conferência do Partido. Neste mês já aconteceu a plenária com servidores públicos e outras já estão agendadas: Pici e LGBTT (dia 11), Messejana (dia 12),Bancários (16) e ainda a mais uma edição da Quinta Vermelha, onde o tema também será a preparação das conferências.
De Fortaleza,
Carolina Campos