Conferência quer atualizar atuação e direção partidária

Em encontro ampliado e participativo, o Comitê Estadual do Partido Comunista do Brasil no Rio Grande do Norte realizou o segundo dia de trabalho da sua 11ª Reunião com o debate sobre o aperfeiçoamento dos métodos de atuação e direção partidários, buscando sintonizar dialeticamente a compreensão sobre as linhas de acumulação de forças.

As discussões foram abertas pelo secretário estadual de organização do PCdoB/RN, Carlos Albérico, e contou com a presença do secretário nacional de Comunicação, José Reinaldo, membro do Comitê Central e editor do Portal Vermelho, e do vice-governador do Estado, Fábio Dantas, que na oportunidade fez um breve balanço sobre os cem primeiros dias de governo.

José Reinaldo ressaltou o papel do Comitê Estadual, “órgão dirigente que precisa tomar em suas mãos toda a vida partidária”, e as tarefas que estão postas para o Partido, entre elas a emergente necessidade de mobilizar o povo na luta.
 

Para o dirigente, o diferencial do Partido Comunista tem haver com seu objetivo histórico, que é a construção do socialismo no país, mas lembrou que não se modifica este estado de coisas sem luta. “Não se chega à emancipação nacional, não se chega ao socialismo, sem luta”. É através, afirma Reinaldo, da luta de classes que você liberta o ser humano e constrói uma nova sociedade. “Não somos o Partido da acomodação. É por isso que temos 93 anos de existência”.

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Em referência ao documento base da 10ª Conferência Nacional do Partido, o dirigente levantou a questão do lugar e do papel histórico do PCdoB, para enfatizar sua identidade de esquerda consequente, que trabalha em sintonia com a consciência do povo. “Identidade que não pode ser apenas ideológica, mas política-concreta dentro de uma realidade igualmente política-concreta que vive o país”, avaliou Reinaldo.

José Reinaldo lembrou que os governos progressistas no Brasil foram pequenos hiatos que foram removidos com golpes, e desde sempre o Partido trabalha com a proposição da formação de amplas alianças com Partidos progressistas para barrar a ofensiva conservadora e reacionária. “Nunca faltou ao Partido a compreensão da necessidade de promover a mais ampla unidade com as forças progressistas”, enfatizou o dirigente.

O Partido que se pretende estruturado, examinou Reinaldo, precisa está organizado em centros nevrálgicos, ou seja, onde se desenvolve a vida e a luta dos trabalhadores. Precisa está identificado com as mais amplas camadas da sociedade. Desta forma, ao fazer este debate, a proposta de resolução da 10ª Conferência Nacional faz um chamamento para aperfeiçoar os métodos de atuação do Partido.

O dirigente voltou a abordar a proposta “inovadora e renovadora” na sucessão que acontecerá na presidência nacional do Partido, com a apresentação do perfil e características da Luciana Santos. Encerrando sua intervenção, reafirmou a necessidade de elevar a atuação do Partido.

As diversas intervenções que se seguiram à fala do José Reinaldo convergiram para a necessidade de aperfeiçoar as formas de enfrentamento à dura e acirrada luta política em curso no país, bem como de renovação e fortalecimento da sigla partidária nas próximas eleições de 2016. Para tanto, as falas dos dirigentes reafirmaram a importância de se renovar os métodos de atuação do Partido, que neste momento de crise política é chamado a ocupar, uma vez mais, seu lugar na história e influir no curso político pela garantia da manutenção e o avanço do projeto de desenvolvimento econômico com distribuição de renda, justiça e inclusão social.

Encerrando os debates dos dois dias de Encontro, o presidente estadual da sigla, Antenor Roberto, abordou o desafio que o Partido ainda enfrenta para se ampliar sem perder sua identidade.

O dirigente estadual avaliou, ainda, que construir a política do Partido e organizar sua militância é uma contribuição democrática de ordem geral para a sociedade brasileira, não serve apenas aos comunistas. “A construção de um pensamento político como o que se pretende não é atributo apenas do PCdoB, mas infere influência em campo mais largo e deve se beneficiar da contribuição que podem dar a ele forças avançadas e de esquerda”.

De Natal, Jana Sá