Economia brasileira fecha 2014 com crescimento de 0,1%
A economia brasileira cresceu apenas 0,1% em 2014, na comparação com o ano anterior. O Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, fechou o ano em R$ 5,52 trilhões, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Publicado 27/03/2015 09:27
No quarto trimestre, o PIB teve um crescimento de 0,3% na comparação com o terceiro trimestre de 2014. Já na comparação com o último trimestre de 2013, o PIB teve uma queda de 0,2%.
O diminuto crescimento da economia no ano passado teve influência da agropecuária, que cresceu 0,4% e do setor de serviços, que expandiu 0,7%. O resultado não foi maior porque também teve reflexos do desempenho da indústria, que recuou 1,2%. Dado preocupante, os investimentos, indicados pela formação bruta de capital fixo, recuaram 4,4%.
Em relação ao terceiro trimestre, o resultado foi puxado pela agropecuária, que cresceu 1,8% e pelo setor de serviços, que teve expansão de 0,3%. Por outro lado, a indústria mostrou leve queda de 0,1%.
A previsão mais recente do Banco Central era de que o PIB tivesse recuado 0,1%, próxima à do Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), chamado de "prévia do PIB", que estimava uma contração de 0,15% no ano passado. Já a expectativa dos analistas do mercado financeiro era positiva, porque indicava uma alta de 0,15%, segundo o boletim Focus.
As contas nacionais brasileiras de 2014 foram calculadas com base em uma nova metodologia internacional, que está sendo adotada por todos os países.
Novo cálculo deixa medição mais precisa
Segundo o diretor de Pesquisas do IBGE, Roberto Olinto Ramos, as análises das Contas Nacionais incluem dados de 2000 a 2011, que até agora não foram divulgados porque havia outra metodologia.
Um dos impactos das mudanças é uma alteração no cálculo do Produto Interno Bruto (PIB). “A gente tem algumas modificações que vão influenciar tanto a taxa de crescimento, quanto os valores nominais do PIB e de algumas atividades econômicas”, disse a gerente de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.
Ela explicou que uma das principais mudanças no Manual Internacional é a modificação na classificação dos ativos fixos, o que influencia diretamente o investimento e, em cadeia, vai afetar a formação bruta do capital fixo, modificar a mensuração dos investimentos, e, por fim, a taxa de investimento.
Fonte: Agência Brasil e G1