Porteira da corrupção na Petrobras foi aberta por FHC, diz Cunha
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, nesta segunda-feira (16), afirmou que a "porteira para a corrupção" na Petrobras foi aberta durante o governo tucano de Fernando Henrique Cardoso.
Publicado 17/03/2015 11:26
Cunha destacou que, na época, a estatal “passou a obedecer a um regulamento próprio”, e não mais a lei de licitações. “A Petrobras passou a obedecer a um regulamento próprio, que permitia a licitação por carta-convite por empresas cadastradas previamente na própria Petrobras. É claro que é uma desculpa até palatável, pois a Petrobras precisa competir no mercado internacional, mas ao mesmo tempo abriu a porteira para a corrupção, pois o diretor podia escolher quem ele convidava e permitir que as empresas combinassem a quem se beneficiava, as empresas podiam combinar o seu preço", disse.
O decreto 2.745, que regulamentou o regime diferenciado simplificado de contratações da Petrobras, foi publicado em 1998, no primeiro mandato de FHC, período esse que os delatores da Lava Jato afirmam ter iniciado o esquema.
Nesta segunda (16) Cunha também foi entrevistado do programa “Diálogos”, da GloboNews. Questionado sobre a proposta de impeachment, Cunha voltou a classificar o pedido como "ilegalidade" e "golpismo".
“Discussão de processo de impeachment neste momento, com as circunstâncias que estão colocadas, beira a ilegalidade, a inconstitucionalidade, para não dizer o golpismo. Ela foi eleita legitimamente. Não há o que contestar“, disse.
Com informações do Brasil 247