Cearenses ocupam as ruas em defesa do Brasil e de Petrobras
A sexta-feira 13 foi marcada por manifestações em todo o país, em defesa do Brasil, da democracia e da Petrobras. Em Fortaleza milhares de pessoas, convocadas por entidades do movimento social e partidos progressitas, realizaram uma passeata que foi encerrada na Assembleia Legislativa do Estado.
Publicado 13/03/2015 11:34 | Editado 04/03/2020 16:26
Em Fortaleza, centenas de pessoas de diversas frentes dos movimentos sociais participaram, na Praça da Imprensa, do ato unificado em defesa do mandato da presidenta Dilma, da soberania nacional, da Petrobras e do emprego. Vestidos de vermelho, empunhando bandeiras e cartazes ou com palavras de ordem, o povo, na rua, clama por seus direitos. “A nossa luta é todo dia em defesa da democracia”, foi um dos muitos gritos que se bradou.
Jovens, mulheres, estudantes, bancários, petroleiros, parlamentares, donas de casa, profissionais liberais tiveram o mesmo objetivo: defender o Brasil. O deputado federal Chico Lopes (PCdoB), entusiasmado, enalteceu a importância do ato. “É com o coração cheio de alegria que vejo o povo na rua novamente, pessoas politizadas, para mostrar para o outro lado que estamos aqui para defender não só a presidenta Dilma, mas a democracia e o Brasil. Eles vão ter que ouvir o andar de baixo, sem panelas em sacadas de prédios, mas com argumentos em defesa do Brasil e contra o golpe”.
Luciano Simplício, presidente da CTB-CE, considera que a participação dos trabalhadores nas manifestações deste dia 13, Dia Nacional de Luta, é fundamental. “A força dos trabalhadores na rua é preponderante, primordial, porque são eles que vão dizer que a oposição tem que respeitar a democracia, respeitar o voto e quem foi eleito tem que governar. Somos contra a corrupção, mas tem que ser penalizado todos os corruptos e corruptores, seja de qual partido for, e disso a CTB não abre mão”, defende.
A bancária Alice Cristina considera de grande importância defender a Petrobras, “nossa principal empresa que vai dar sustentáculo para a educação e para saúde, com a finalidade de melhorar as condições de vida do nosso povo. Estamos na luta para nos manifestar e defender o nosso principal patrimônio”.
E, historicamente, se tem manifestação tem juventude. Sarah Cavalcante, presidente estadual da UJS-CE, também considera esta uma bandeira dos jovens. “Estar nas ruas neste momento é defender a democracia, um dos bens mais preciosos do povo brasileiro. É gritar que não podemos retroceder ao golpe, à ditadura nem à repressão, atos que ameaçam nossa sociedade. Também estamos nas ruas para defender o patrimônio do Brasil, a nossa Petrobras, maior empresa estatal brasileira. A juventude do Ceará se une aos milhões de jovens de todo o país para reivindicar a reforma política democrática, maneira mais certada de combater a corrupção, enfrentar este parlamento conservador e dar voz e opinião aos movimentos sociais”.
Combater o massacre com que a mídia golpista tem lidado com o tema também foi motivo de repúdio em Fortaleza. Segundo Samira de Castro, presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Ceará, a imprensa trata a maior empresa brasileira de forma “irresponsável”. “Defendemos a Petrobras com unhas e dentes porque entendemos a importância da empresa construída historicamente com a participação dos trabalhadores e que não pode ser alvo de bombardeios e denúncias de uma mídia irresponsável porque a forma como a empresa vem sendo tratada pela imprensa só beneficia o capital dando destaque apenas à corrupção e escondendo o seu papel de grande destaque no cenário do ramo do petróleo. Somos a favor da Petrobras sim, a favor da democracia, a favor de uma presidenta eleita pela maioria do povo e que tem legitimidade da população para continuar o seu mandato com tranquilidade, punindo a corrupção e trabalhando em prol da população mais pobre deste país, que é o que o governo Dilma vem fazendo”.
A manifestação com mais de três mil pessoas seguiu em caminhada ao longo da Avenida Desembargador Moreira, uma das principais vias da capital cearense, até a Assembleia Legislativa do Estado.
De Fortaleza,
Carolina Campos