Venezuela defende diplomacia de paz, pela soberania nacional
O vice-presidente da Venezuela, Jorge Arreaza, declarou nesta quarta-feira (11) que o governo revolucionário mantém como bandeira a diplomacia de paz para defender a soberania nacional, diante das contínuas ingerências e agressões do império norte-americano.
Publicado 12/03/2015 05:52
“A diplomacia bolivariana de paz é o que se impõe neste momento. A comunidade internacional, os países da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (Alba), os países da União de Nações Sul-americanas (Unasul), os países da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac)”, estão solidarizando-se com a Venezuela, disse Arreaza depois de uma reunião de cinco horas com representantes do Conselho de Estado e do Conselho de Defesa da Nação, no Palácio de Miraflores, em Caracas.
Arreaza confirmou que a Venezuela aposta em relações com outras nações sobre a base do respeito, da paz e do desenvolvimento independente.
“O que a Venezuela quer com os Estados Unidos, como quer com qualquer país do mundo, são relações de respeito, relações em paz, em que todos possamos desenvolver nossos projetos nacionais de maneira independente, com o escudo de nossa soberania nacional”, manifestou.
Em declarações transmitidas pela Venezuelana de Televisão, indicou que nesta quarta-feira, junto a representantes dos poderes públicos, equipe ministerial, deputados, porta-vozes do poder popular e destacadas personalidades venezuelanas, analisou as sugestões que serão feitas ao presidente da República, Nicolás Maduro, sobre as relações com o governo dos Estados Unidos.
Igualmente, o vice-presidente recordou que na segunda-feira (9), o governo dos Estados Unidos fez uma nova agressão contra a soberania e a democracia da Venezuela com a assinatura por parte do presidente do país, Barack Obama, de um decreto executivo que declara a Venezuela como uma “ameaça extraordinária e incomum à segurança nacional e política externa estadunidenses”.
Neste sentido, Arreaza fez um chamamento pela unidade do povo venezuelano para enfrentar e vencer os ataques do governo norte-americano, e estendeu seu apelo à liderança da direita.
É um “chamado, como o fez o presidente, pela unidade nacional, a todos os venezuelanos e venezuelanas para além de quem apoia o governo do presidente Nicolás Maduro, a Revolução Bolivariana, mas a cada venezuelano e venezuelana de bem, que queira a sua pátria, que sinta em seu sangue o fervor pela pátria de Simon Bolívar, de nossos indígenas e que deva somar-se, de maneira patriótica e honesta, à defesa do país”, acrescentou Arreaza.
Ele reiterou também que a Venezuela possui imensas riquezas naturais, entre elas o petróleo, que a tornam objeto de contínuas ameaças por parte de governos como o dos Estados Unidos, que até a última quarta-feira já emitiu 148 declarações de ingerência contra a nação.
“Fazemos um chamado fraterno aos que não têm apoiado a Revolução Bolivariana para que defendamos este solo sagrado, para que defendamos nossos filhos, netos e bisnetos, para que defendamos o projeto de futuro que é nossa pátria, para além das diferenças que possamos ter”, afirmou.
Do mesmo modo, o vice-presidente instou a que todos fiquem atentos para atividades paramilitares no país, ao tempo em que ressaltou que a Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) voltou a ser o exército do libertador Simon Bolívar, que só sairia de suas fronteiras para ajudar um país amigo, e nunca para agredir, conquistar e invadir outra nação.
O governo dos Estados Unidos intensificou nos últimos meses seus ataques contra a Venezuela com a aplicação de medidas unilaterais, intervenções e ingerências e o apoio a um plano golpista promovido por um reduzido grupo de integrantes da Aviação Militar Bolivariana, que seria executado em 12 de fevereiro último.
Agência Venezuelana de Notícias