"Não há fatos contra Dilma", rebate Cardozo
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, rebateu a tese levantada pela grande mídia de que a presidenta Dilma Rousseff não seria investigada por conta de uma imunidade garantida pelo artigo 86º da Constituição Federal.
Publicado 07/03/2015 17:29
Cardozo ressaltou que a decisão do Supremo Tribunal Federal é clara, pois a isenção da presidenta Dilma foi por não haver fatos a serem investigados e não porque a Constituição impede que a presidente da República no exercício de seu mandato seja responsabilizada por atos estranhos às suas funções.
"É equivocada a leitura de que a presidenta Dilma não foi investigada em decorrência do artigo 86… o texto é claro: ela não foi investigada primeiro porque não há fatos, porque não há indícios, porque não há nada a arquivar", disse Cardozo.
Cardozo também rebateu às declarações feitas, via Twitter, pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-SP), de "politização e aparelhamento" da Procuradoria-Geral da União. Apesar dos criminosos vazamentos seletivos durante as investigações da Operação Lava Jato demonstrarem uma tentativa de criminaliza o PT, partido da presidentea Dilma, Cunha insinuou que as denúncias da procuradoria estão ligadas a um jogo político.
O ministro Cardozo foi enfático: "É incorreto imaginar-se que o governo tenha influenciado, tenha colocado palavras na boca de pessoas que prestaram depoimentos na presença de membros do Ministério Público, da força-tarefa que está lá no estado do Paraná colhendo depoimentos".
O deputado federal e presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, está entre os 47 políticos que figuram na lista de investigados do inquérito sobre a Operação Lava Jato, autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Na sexta-feira (6), o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a abertura de inquérito para investigar 49 pessoas – das quais 47 políticos – suspeitos de participação no esquema de corrupção na Petrobras revelado pela Operação Lava Jato.
Da redação do Portal Vermelho, com informações de agências