Presidente venezuelano rechaça intromissão da direita internacional
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, repudiou, nesta quinta-feira (27), a intromissão de círculos da direita nos assuntos internos do país, em alusão a recentes declarações hostis estadunidenses e a questionamentos de alguns deputados europeus.
Publicado 27/02/2015 09:46
“Ninguém deve meter seus narizes em nosso país”, expressou o presidente durante um ato de apoio no estado de Monagas ante o recrudescimento das ameaças e agressões internas e externas.
“O governo dos Estados Unidos desrespeita a soberania dos povos da região latino-americana e caribenha que decidiram ser livres como a Venezuela e se envolve em assuntos que só competem ao governo e povo venezuelanos”, acrescentou.
Maduro reagiu também contra deputados da direita do Parlamento Europeu, que não conhecem a Venezuela, afirmou, não dizem uma palavra contra a tentativa de golpe de Estado denunciado em 12 de fevereiro e saem a meter seus narizes em assuntos que somente os venezuelanos podem resolver.
“-se de deputados da direita totalmente desinformados e que odeiam a América Latina, herdeiros da visão imperial que dominou na Europa durante séculos”, opinou.
O governante chamou a direita internacional a se ocupar de seus assuntos em seus respectivos países e a deixar em paz a Venezuela e seu povo "construindo o socialismo e derrotando o golpe de Estado com a Constituição na mão".
Sobre as novas revelações a respeito do motim divulgadas nesta semana pelo presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, em seu programa Con el mazo, Maduro assegurou que isso representa apenas uma pequena parte da realidade.
Informou a esse respeito que apresentará por rádio e televisão materiais audiovisuais que evidenciam a participação de partidos da direita nacional no atentado golpista, que incluía bombardeios à sede da Presidência, ao Ministério de Defesa e ao canal Telesur, entre outras instituições na capital.
O Presidente criticou os opositores internos que rejeitam as medidas das autoridades contra os responsáveis por esses fatos já capturados.
“Alguns porta-vozes da direita pretendem nos condenar porque estamos fazendo justiça contra os golpistas e fascistas, querem que fiquemos calados e praticamente atribuamos uma condecoração aos culpados, que os premiemos”, ironizou.
Maduro reconheceu o apoio internacional a Caracas, em particular da região e de organismos como o Movimento Não Alinhados, ante as atuais circunstâncias e agradeceu especialmente ao presidente boliviano, Evo Morales, "que me chama praticamente todos os dias".
O chefe de Estado ratificou a fortaleza que caracteriza o Governo baseadz na união cívico-militar para enfrentar os atos desestabilizadores da direita nacional e internacional. "Temos uma democracia sólida e à prova de tudo", afirmou.
Fonte: Prensa Latina