Liège Rocha sobre luta das mulheres: "Sim, nós podemos"
"Sim, nós podemos", afirmou Liège Rocha, secretária da Mulher do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), em entrevista à Rádio Vermelho, ao falar sobre o papel da mulher na luta política e sobre a comemoração dos 83 anos da conquista do voto feminino no Brasil.
Joanne Mota, da Rádio Vermelho
Publicado 25/02/2015 17:19
Nesta segunda-feira (24), as mulheres comemoraram o Dia da Conquista do Voto Feminino, que em 2015 completa 83 anos. As mulheres adquiriram o direito de votar, em nível nacional, no Brasil, a partir de 1932, com o Código Eleitoral Provisório, aprovado durante o governo de Getúlio Vargas.
Como forma de reconhecer essa data, no dia 9 de janeiro de 2015, a presidenta Dilma Rousseff sancionou medida que coloca o dia 24 de fevereiro no calendário nacional do país.
Durante a entrevista, Liège Rocha ressaltou que "essa data marca o reconhecimento da cidadania da mulheres. Porque durante muito tempo fomos consideradas cidadãs de segunda categoria. Toda a luta do movimento sufragista colocou essa participação das mulheres em outro patamar", destacou a dirigente, que também compõe a direção nacional da União Brasileira de Mulheres (UBM).
Mesmo com a comemoração, a dirigente nacional alertou que há ainda grandes desafios a serem superados pelas mulheres. "Precisamos avançar ainda mais nessas conquistas. Sobretudo no que se refere à ampliação da participação da mulher nos espaços de poder e de decisão. Mesmo comemorando 83 anos do voto, ainda sofremos com a sub-representação, com a desigualdades nos salários e as barreiras culturais ainda são gigantescas", lembrou.
Na mesma linha, em publicação no seu perfil na rede social Facebook, a deputada Federal Luciana Santos (PCdoB/PE) felicitou todas as mulheres do Brasil pela data, mas rememorrou que afirmou "o voto feminino foi assegurado fruto de intensa campanha nacional, mas foi aprovado apenas parcialmente. Permitia somente às mulheres casadas, às viúvas e às solteiras que tivessem renda própria. O exercício desse direito básico para o pleno exercício da cidadania foi assegurado a todas as mulheres apenas em 1946".
A líder comunista ainda destacou que "hoje novas lutas se desdobram dessa primeira conquista. Entre outras medidas necessárias, as mulheres precisam ser proporcionalmente representada nas instâncias de decisão, nos Parlamentos e demais espaços de governo. Sigamos juntas, juntos, firme na luta!".