Investimentos chineses beneficiam Brasil, Argentina e Venezuela
Argentina, Brasil, Equador e Venezuela são os países mais beneficiados hoje na América do Sul com os investimentos e os convênios de cooperação com a China, segundo estudo da Universidade Nacional do Cuyo (UNC).
Publicado 23/02/2015 13:59
Pequim dirigiu na última década uma grande parte de seus fundos para ajuda e cooperação para América Latina, sobretudo para projetos relativos a recursos naturais, com relevância do setor de infraestrutura, afirma a análise da UNC, com sede em Mendoza.
De 2001 e 2011, a maior parte da cooperação econômica chinesa, fora do marco de Ásia e África, destinou-se a 14 países latino-americanos, entre os que se destacam Argentina, Brasil, Equador e Venezuela, como os mais beneficiados da sub-região.
O estudo explica que, ao se posicionar como segunda economia do mundo, a China adquiriu "capacidade para se comprometer em programas substanciais de ajuda ao desenvolvimento e para executar projetos de investimento em qualquer dos países emergentes".
“Por essa razão, conseguiu expandir-se a 93 mercados na primeira década deste século”, acrescenta.
A disponibilidade de recursos financeiros derivou no grande impulso das políticas chinesas de ajuda exterior, com ênfase na África e Ásia, e de cooperação exterior, na América Latina.
Essa política sustenta-se – indica o relatório – em estabelecer marcos de negociação comuns e a não imposição de condições unilaterais; bem como equidade, com o propósito de compartilhar custos e benefícios.
Esse tipo de cooperação ficou gratificada no caso da Argentina na recente viagem da presidenta Cristina Kirchner a China, que concluiu com a assinatura de 22 acordos sobre uma aliança estratégica essencialmente de infraestrutura e energia, inéditos na relação bilateral.
No caso do Brasil, os dois países avançaram em maio passado no Projeto Transul, que procura articular uma aliança estratégica com a ideia de estender a outros países da América do Sul e do Grupo Brics.
O estudo considera que o interesse da China em sua política de cooperação externa estaria posto nas vantagens significativas que espera obter em consumo de energia, de água e, sobretudo, de controle e até reversão da poluição.
Igualmente, no interesse de garantir provisão de insumos metálicos e de alimentos processados mediante contratos de longo prazo, estabilizadores das economias envolvidas.
Fonte: Prensa Latina