Objetivo dos EUA é fragmentar a Rússia, diz governo russo

O secretário do Conselho de Segurança da Rússia, Nikolai Patruchev, opina que os Estados Unidos tentam envolver a Rússia no conflito ucraniano para tentar mudar o poder no país. “Para os EUA a Ucrânia em si não representa interesse, o seu alvo é enfraquecer as nossas posições”, declarou Patruchev.

Bandeiras dos Estados Unidos e Rússia

“Os norte-americanos tentam envolver a Rússia num conflito militar internacional, por meio dos acontecimentos na Ucrânia tentam mudar o poder e enfim fragmentar o nosso país”, disse Patruchev na entrevista publicada no site do jornal Rossiyskaya Gazeta.

As autoridades da Ucrânia têm repetidamente apelado aos Estados Unidos e outros países para que lhes forneçam armas. A adjunta do presidente dos EUA para a Segurança Nacional, Susan Rice, disse em 6 de fevereiro que os Estados Unidos estão considerando a possibilidade de conceder assistência militar direta à Ucrânia. Ela acrescentou que o assunto está pendente.

Susan também chamou o fornecimento de armas à Ucrânia de um passo importante, que os Estados Unidos querem tomar junto com os seus parceiros. Moscou adverte Washington de que o fornecimento de armas à Ucrânia só irá levar a uma escalada do conflito.

A maioria dos políticos europeus se pronuncia contra o fornecimento de armas à Ucrânia. Antes, o chefe da chancelaria alemã, Frank-Walter Steinmeier, declarou que o fornecimento de armas para sair do conflito ucraniano é uma via contra produtiva que apresenta grandes riscos.

Obama

As sanções contra a Rússia estarão em vigor até Moscou cumprir as suas obrigações no âmbito do Acordo de Minsk, declarou na segunda-feira (9) o presidente dos EUA, Barack Obama.

"Combinamos (com os aliados), que as sanções contra a Rússia devem estar em vigor até a Rússia cumprir as suas obrigações (em conexão com a situação na Ucrânia)", disse Obama.

Obama também enfatizou que a continuação da atual política russa em relação à Ucrânia vai afetar seriamente o bem-estar da Rússia.

“Se a Rússia continuar a sua política atual, o que prejudica a economia russa e o povo russo, assim como tem efeitos graves na Ucrânia, o isolamento da Rússia irá aumentar tanto na área política como na econômica”, revelou Obama aos jornalistas.

Ao mesmo tempo, Obama disse que os Estados Unidos e a União Europeia continuarão a trabalhar para encontrar uma solução diplomática para o conflito no leste da Ucrânia.

O presidente dos EUA Barack Obama em uma entrevista coletiva com a chanceler alemã, Ângela Merkel, na Casa Branca, disse que "ainda não aprovou” a decisão sobre o fornecimento de armas para a Ucrânia. Ele observou que os EUA "devem se consultar com os seus parceiros europeus sobre o assunto."

Durante a entrevista, Obama voltou a colocar toda a responsabilidade pelos acontecimentos na Ucrânia na Federação da Rússia e nas milícias ucranianas. De acordo com ele, a Rússia "violou os Acordos de Minsk".

Com informações da Agência Sputnik