Professor debate no Sinpro gestão tucana em Minas Gerais
“Uma gestão desastrosa”, assim define o presidente do Sinpro Minas e o vereador (PCdoB) de Belo Horizonte, Gilson Reis, sobre o modo de governar do PSDB e seus reflexos em Minas Gerais. O assunto foi debatido a partir do livro Desvendando Minas – Descaminhos do projeto neoliberal – de autoria de Reis e do professor Pedro Otoni – em um bate papo com os professores do DF em janeiro, no auditório do Sinpro/DF.
Publicado 09/02/2015 09:19 | Editado 04/03/2020 16:38
Para o diretor do Sindicato, Jairo Mendonça, “a mesma receita que foi aplicada lá pode ser aplicada aqui no DF”. Jairo lembra das recentes medidas tomadas pelo governo Rollemberg, como a tentativa de parcelar salários ou de fazer a interlocução com os trabalhadores pela mídia, “e não através dos sindicatos, que são os legítimos representantes das categorias”.
No livro, os professores buscam revelar o que há por trás de expressões de difícil entendimento como “Choque de gestão” e “Déficit zero”, amplamente difundidas e [estrategicamente] pouco explicadas. A publicação reúne 13 artigos que compõem uma leitura crítica da desastrosa gestão tucana em Minas Gerais, sob a batuta do senador Aécio Neves (PSDB).
O livro também revela facetas contraditórias de um governo que se sustentou com lançamentos espetaculares e “blindagem” por parte da imprensa e mídia locais, ao mesmo tempo em que os dados reais desagradam a “gregos e troianos”, transformando o cenário econômico em Minas Gerais numa tragédia.
“A obra deixa claro o intenso processo de terceirização e precarização do trabalho empreendida nos últimos 10 anos”, explicou Gilson. Segundo ele, na educação, por exemplo, Minas não paga o piso salarial nacional, os professores não têm plano de carreira e todo mês cerca de 500 desistem de dar aulas no setor público. Os investimentos se concentraram em 400 escolas de referência, quando a rede toda tem 5.000.
O livro também aponta a precariedade do setor público em outras áreas, especialmente saúde e segurança pública.
Gustavo Alves, do Comitê Regional do PCdoB-DF, com informações do Sinpro-DF