Chinaglia: Reforma política é prioridade na agenda à frente da Câmara
Na última semana de campanha pela presidência da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP) mantém o ritmo de viagens em busca de apoio à sua candidatura e reafirma compromisso em fazer a reforma política. Nesta quarta-feira (28) o petista se reuniu com o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo (PSD) e outros oito deputados federais do estado.
Publicado 29/01/2015 10:19
“O governador, apesar de não votar, tem uma influência que vai além da própria bancada. Saio satisfeito desse encontro pela disposição e apoio que encontrei. Mais um encontro para somar. Nossa campanha continua com mais força ainda. Tenho convicção, pelas declarações ouvidas aqui, que hoje temos maioria no estado”, afirmou Chinaglia na saída da reunião. O parlamentar disputará a presidência da Câmara no próximo domingo (1º de fevereiro) contra os deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Júlio Delgado (PSB-MG) e Chico Alencar (Psol-RJ).
Sobre o discurso da presidenta Dilma Rousseff de que a reforma política é uma das prioridades deste ano, Chinaglia endossou dizendo que será um dos seus compromissos a frente da Câmara, caso seja eleito. “Defendi a reforma política quando fui presidente da Câmara [2007-2009] e não foi muito à frente, mas, agora, os parlamentares entendem que estamos em um outro momento, e, se não fizermos, outros o farão, como o Judiciário, por exemplo, que tem feito pequenas reformas políticas", salientou o petista.
Chinaglia voltou a defender a necessidade de uma agenda nacional da Câmara pautada pelas necessidades do Brasil. “Precisamos repensar o Estado brasileiro. Os municípios têm responsabilidades que não conseguem cumprir. Acredito que possamos pensar pautas para a saúde, para as drogas, segurança, e outros temas vitais para o país. Se nós não qualificarmos nossa interferência, colocar debates para a sociedade, a Câmara vai afundar”, afirmou.
A reunião em Santa Catarina contou com a presença de parlamentares de diversos partidos, entre os quais, João Rodrigues (PSD), Esperidião Amin (PP), Décio Lima (PT), Pedro Uczai (PT), Carmen Zanotto (PPS), João Paulo Kleinubing (PSD), Jorginho Mello (PR) e Cesar Souza (PSD).
O deputado Jorginho Mello (PR) ratificou seu apoio ao candidato e defendeu o aprofundamento do debate sobre a agenda do parlamento. “O Arlindo é um homem que já esteve na presidência. Ele é correto e precisamos ter coragem de pautar temas que ninguém tem coragem. Ele tem a estampa e credibilidade moral. Farei o que puder para ajuda-lo”, disse Mello.
O governador Raimundo Colombo destacou a importância do encontro. “Foi uma reunião importante para discutirmos temas cruciais para a Câmara e o Arlindo tem biografia para dar essa contribuição”, afirmou.
Bloco progressista
Antes de viajar para Santa Catarina, o petista se reuniu em Brasília com cinco ministros e representantes de partidos para pedir apoio na disputa e propor a formação de um bloco de atuação na Câmara em torno da candidatura e das pautas que o governo pretende organizar neste ano.
“Esse bloco, sendo constituído, tem uma importância vital para a governabilidade do país”, afirmou o deputado José Guimarães (PT-CE), vice-líder do governo na Câmara e vice-presidente do PT.
O PT, PCdoB, PROS, PDT, e PSD já aprovaram a ideia. Os líderes do PP, PR e PRB consultarão suas bancadas. “Qualquer que seja o resultado, nós do PT estamos apoiando a formação desse grande bloco, que foi uma extraordinária iniciativa política”, salientou Guimarães.
O petista disse estar confiante com a vitória de Chinaglia. “Temos um lado, vamos fazer um debate de alto nível, trabalhar muito para vencermos a disputa, e se der, até vencer no primeiro turno”, ressaltou. “Nossa expectativa é que, havendo segundo turno, a maioria migrará para o Arlindo”, avaliou.
Sobre a acirrada disputa com o deputado Eduardo Cunha, ele afirmou que a campanha de ser de “menos acusações e mais ideias”.
Da redação do Portal Vermelho
Com informações do Brasil 247 e agências