Algumas restrições dos EUA a Cuba são retiradas a partir desta sexta
O Departamento do Tesouro norte-americano anunciou, nesta quinta-feira (15), que algumas das restrições a Cuba serão aliviadas a partir desta sexta-feira (16), como parte do processo de normalização das relações entre Havana e Washington. Inicialmente, os Estados Unidos facilitarão as viagens para a ilha e aliviarão as limitações comerciais, principalmente transferências de remessas dos emigrantes cubanos.
Publicado 15/01/2015 14:52
“O anúncio nos coloca um passo mais próximos de substituir políticas que não estavam funcionando”, afirmou o secretário do Tesouro norte-americano, Jacob Lew.
As medidas avançam mesmo que o embargo econômico dos Estados Unidos contra Cuba, decretado em 1962, continue em vigor, uma vez que este só pode ser revogado pelo Congresso norte-americano, atualmente dominado pelo Partido Republicano.
Os presidentes Barack Obama e Raúl Castro anunciaram, no dia 17 de dezembro, que os Estados Unidos e Cuba iniciariam um processo de normalização das relações diplomáticas. Os dois países, separados pelos 150 quilômetros do Estreito da Flórida, cortaram relações em 1961.
O bloqueio econômico, comercial e financeiro contra Cuba foi imposto em 1962, depois do fracasso da invasão da ilha para tentar derrubar o governo liderado por Fidel Castro, em 1961. A invasão ficou conhecida como o episódio da Baía dos Porcos.
As primeiras conversações diplomáticas oficiais estão previstas para os próximos dias 21 e 22, em Havana. Os dois países devem discutir, entre outros aspectos, a abertura de embaixadas.
Em sua edição eletrônica, o jornal Granma, órgão do Partido Comunista de Cuba, avalia nesta quinta-feira (15) que "as medidas anunciadas constituem um passo na direção correta, mas ainda resta um longo caminho a percorrer para desmontar muitos outros aspectos do bloqueio econômico, comercial e financeiro mediante o uso das prerrogativas executivas do presidente [dos EUA] e para que o Congresso dos EUA ponha fim a esta política definitivamente".
Com Agência Brasil e Granma