Movimento colombiano pede fim de agressões contra as Farc-EP

A Frente Ampla pela Paz (Frente Amplio por la Paz) fez um chamado ao presidente colombiano Juan Manuel Santos para colocar fim às ofensivas militares contra as Farc-EP, um dos movimentos insurgentes envolvidos hoje no conflito armado, que dura mais de meio século.

Farc retomam diálogo em meio a incertezas eleitorais na Colômbia - Reprodução

As organizações que fazem parte desse bloco pediram ao presidente que suspenda as agressões e ofensivas contra os acampamentos das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia-Exército do Povo (Farc-EP), para garantir a continuidade do cessar-fogo unilateral decretado pelo grupo guerrilheiro.

Desde o dia 20 de dezembro, as Farc-EP detiveram suas ações bélicas por tempo indefinido com o objetivo de avançar para o fim do confronto interno e minimizar a vitimização da população civil.

Em uma declaração conjunta emitida após uma reunião de emergência em Bogotá, a Frente Amplio por la Paz considerou muito preocupantes as denúncias realizadas nos últimos dias por esse grupo, ao receber novos ataques por parte de efetivos militares.

“As Farc-EP cumpriram com sua palavra”, disse a ex-senadora Piedad Córdoba, que destacou que as verificações realizadas por vários organismos corroboraram o cumprimento do cessar-fogo.

“Fazemos um chamado ao governo nacional para que ponha fim aos tais atos hostis”, explicou a advogada e defensora de direitos humanos.

A Frente Amplio por la Paz, integrada pelo Partido Comunista, Marcha Patriótica, o Pólo Democrático Alternativo e outros grupos, é uma das observadoras da trégua iniciada pelas Farc-EP.

Além disso, essa Frente se ofereceu para colaborar com os futuros encontros entre representantes do governo e do Exército de Libertação Nacional (ELN).

Na semana passada o ELN manifestou sua disposição para dialogar de forma oficial com porta-vozes da administração de Santos, após uma fase de aproximações exploratórias.

Como resultado do conflito já morreram aproximadamente 230 mil colombianos, o registro geral de vítimas inclui 6,8 milhões de pessoas, segundo as cifras oficiais.

Representantes do governo e das Farc-EP dialogam em Havana desde 2012 para acabar com a guerra através de uma saída negociada.

Fonte: Prensa Latina