Parlamentares elogiam medidas anunciadas por Dilma
Diversos parlamentares que acompanharam a posse da presidenta da República, Dilma Rousseff, nesta quinta-feira (1º), elogiaram o discurso em que ela prometeu ajustes na economia, investimentos em infraestrutura, prioridade à educação e combate à corrupção. “Foi uma fala de estadista, uma fala completa no âmbito nacional e internacional”, disse o líder do PT, deputado Vicentinho (SP).
Publicado 02/01/2015 14:30
Para a líder do PCdoB na Câmara, deputada Jandira Feghali (RJ), as reformas serão cobradas pela sociedade. “A democratização da comunicação junto com a reforma política começou a ocupar o devido espaço de debate no Congresso. Vamos atuar para que governo encabece e assuma essas bandeiras, além de estarmos muito juntos da sociedade brasileira onde o movimento organizado se faz”, afirmou a parlamentar.
Segundo ela, “precisaremos do reforço das ruas, das mobilizações, para avançarmos de fato, pois teremos uma resistência ainda maior este ano, correndo o risco de serem aprovadas propostas que vão de encontro aos interesses da população”.
Quem também falou em cobrança foi o deputado Miro Teixeira (Pros-RJ). “Foi um discurso muito bom, muito seco, não houve frases demagógicas. Agora é esperar para ver o resultado”, disse. Ele ressaltou o fato de a presidente não ter se omitido sobre a crise da Petrobras e mantido o compromisso de livrar a estatal da corrupção e estabelecer sistemas de controle.
A cerimônia foi marcada pela alta presença de parlamentares governistas e pela ausência da oposição. Apenas o líder do PSB, deputado Júlio Delgado (MG), representou o bloco dos não alinhados ao governo. Ele disse que o partido dará o voto de confiança à Dilma, mas vai cobrar resultados. “Espero que ela possa empreender tudo o que disse, ela deu uma palavra de crédito nas instituições. Mas nós vamos trabalhar muito para cobrar as mudanças”, disse. O PSB, segundo ele, vai manter a independência durante o segundo mandato de Dilma.
Fragmentação do Congresso
O fato de o Congresso estar fragmentado em vários partidos pode dificultar a concretização dos planos da presidente. Para o deputado Sibá Machado (AC), vice-líder do PT, será preciso paciência para negociar. “Será um pouco mais complicado, cada partido terá um pensamento e isso exige mais diálogo e paciência para se aprovar medidas com dificuldade de aceitação”, disse.
O líder do Pros, deputado Givaldo Carimbão (SE) acredita que a presidente não vai ter problemas de governabilidade. “Se tivesse 50 partidos, isso não seria problema. O Congresso é maduro, está preparado, e a Dilma terá governabilidade”, afirmou.
Na avaliação do líder do PT, será necessária uma maior interlocução com a população para tentar neutralizar quaisquer retrocessos buscados pelo Congresso. Vicentinho destacou o aumento da bancada ruralista e a diminuição das bancadas identificadas com movimentos sociais.
Da Redação em Brasília
Com Agência Câmara