Ucrânia na Otan é decisão destrutiva, afirma vice-chanceler russo

O vice-chanceler russo, Serguei Ryabkov, advertiu nesta terça-feira (25) que o acordo atingido por cinco partidos do parlamento ucraniano para promover a entrada do país na Otan é o acordo mais destrutivo das últimas décadas.

Símbolo da Otan sobre a bandeira ucraniana - Colagem da Voz da Rússia

O vice-chanceler russo indicou que o acordo que os cinco partidos integrantes da próxima coalizão dirigente em Kiev assinarão no dia 27 de novembro não contribuirá mais segurança à Ucrânia nem melhorará a vida de seu povo.

Ryabkov lamentou que o propósito de somar-se ao bloco militar seja consequência não só de ilusões dos novos governantes de Kiev, mas também, desafortunadamente, de muita gente do Ocidente.

Estas ilusões supõem que o jogo geopolítico ocidental domina o mundo, enquanto a vida das pessoas não vale nada, lamentou o vice-chefe da diplomacia do Kremlin.

Enquanto os Estados Unidos expressaram beneplácito pela vontade pró Otan dos cinco partidos ucranianos, a diplomacia alemã manifestou que vê Kiev mantendo relações de colaboração com a Otan, mas não como membro.

Outro dos pesos completos europeus, a França, recusou esse objetivo da administração de Petro Poroshenko e o considerou um problema que pode impedir a consecução da paz no país.

Paralelamente, forças navais da Ucrânia começaram os preparativos para as manobras militares conjuntas com os Estados Unidos "Sea Breeze-2015".

Os exercícios terão como objetivo o aperfeiçoamento, segundo as regras da Otan, das ações dos estados maiores e forças multinacionais durante uma operação internacional, declarou o capitão Alexandr Oriejov, chefe de Gerenciamento da Formação de Combate da Marinha de Guerra ucraniana.

O oficial acrescentou que também se prevê a interação com navios e unidades de outros países durante a operação.

Os participantes aperfeiçoarão as ações dos componentes marítimos e terrestres, com o uso tático de aeronaves em função de apoio, informou-se.

Oriejov sublinhou que já regressaram de Nápoles, Itália, para a sulista cidade portuária de Odessa, marinheiros ucranianos, que junto com seus similares norte-americanos participaram da conferência sobre o desenvolvimento do conceito de aprendizagem.

Enquanto isso, o Banco Nacional da Ucrânia, em cumprimento da ordem de bloqueio total emitida por Poroshenko, exigiu que os escritórios localizados nas insurgentes repúblicas populares de Donetsk e de Lugansk suspendam todo serviço nesses territórios antes de 1 de dezembro.

A respeito, o presidente do Centro Analítico da Ucrânia, Alexandr Ojrimenko, prevê que essa decisão agravará a situação, "já que os habitantes de Donbass têm que sobreviver em condições de uma catástrofe humanitária".

Fonte: Prensa Latina