Reeleito, Morales aumenta diferença na contagem de votos na Bolívia

O presidente da Bolívia, Evo Morales, aumenta a diferença sobre os demais candidatos à presidência, ao se contabilizar até esta quarta-feira (15) 90.8% dos votos emitidos nas eleições gerais de 12 de outubro.

Evo Morales

O chefe de Estado e o Movimento ao Socialismo (MAS) distanciaram-se nas últimas horas dos demais aspirantes, após o Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) recobrar o ritmo na contagem dos votos, processo que se converteu em um caos nas horas seguintes às eleições.

Até o momento, segundo a última parte do TSE, se computaram 24.685 mil atas de um total de 27.403 mil e o MAS aproxima-se dos números dados de maneira extraoficial pela pesquisa da Ipsos, que realizou a contagem em boca de urna no domingo passado.

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Morales chega a 59.88% dos votos, seguido do magnata do cimento e candidato pela Unidade Democrata (UD), Samuel Doria Medina, que até o meio dia anterior estava com 30%, mas cedeu espaço e ficou com cerca de 25.1% que lhe deram as pesquisas de boca de urna.

Inclusive, analistas acham que quando terminar a contagem, Doria Medina ficará abaixo de 25%, porque as últimas mesas a serem contabilizadas serão as da área rural, onde não conta com muito apoio.

No entanto, o ex-presidente Jorge Quiroga, do Partido Democrata Cristão (PDC), segue em terceiro com 9.44%.

Enquanto, o Movimento Sem Medo, de Juan del Granado, chega a 2.81% com o risco de ser ultrapassado pelo Partido Verde da Bolívia, de Fernando Vargas, cujos números ascendem a 2.79%.

Granado assegurou na segunda-feira anterior que nunca mais se candidataria a cargos públicos e anunciou mudanças profundas em seu partido, que corre o risco de desaparecer.

Até o amanhecer de hoje contaram-se mais de quatro milhões e meio de votos válidos (94.34%), e se contabilizaram 92.227 mil em branco (1.91%) e 180.974 mil nulos (3.75%).

A demora na contagem de votos tiveram como causa as ameaças de hackers na página do TSE, o que anunciou em primeiro lugar que no mais tardar em 48 horas teria os resultados definitivos.

O atraso acentuou-se tanto que na tarde de segunda-feira o TSE admitiu que poderia demorar 12 dias em ter os resultados definitivos, mas ontem tudo voltou à normalidade e se espera que hoje finalize a contagem.

Fonte: Prensa Latina