Alanir Cardoso convoca militância  para eleger candidatos do partido

Leia abaixo a íntegra da entrevista.

Como você avalia o atual processo eleitoral?

Alanir Cardoso – Nosso partido indica que as sucessões presidenciais sempre foram marcadas por crises porque o que está em jogo é a disputa por projetos importantes para dirigir o Brasil que é a 7ª economia do mundo. Nessa eleição, o que está em jogo são dois projetos: o primeiro é a continuidade da experiência que estamos vivendo que se iniciou com Lula, que é a afirmação da população brasileira, de retornar o conhecimento da economia e o desenvolvimento do país, com distribuição de renda, diminuir as desigualdades regionais e sociais. Até hoje temos experiências positivas com relação ao que vem acontecendo no Brasil.

Com a reeleição de Dilma enxergamos a possibilidade de avançar além do que já alcançamos. Por outro lado, há outro projeto que se contrapõe a isso, que é tentar voltar ao Brasil que existia antes de Lula e Dilma, onde há o marco da experiência neoliberal que se iniciou com Fernando Henrique. Neste contexto, tivemos um fato inesperado que provocou mudanças no cenário eleitoral que foi a morte de Eduardo e a candidatura de Marina. Mas, em meio a tudo isso, nós identificamos que a candidatura de Dilma corresponde às necessidades da Nação. Entendemos, que é uma batalha dura, onde temos de esticar a corda e não desistir de continuar focado em nossos projetos. Para tanto, o PCdoB tem se empenhado e almeja vencer tudo isso.

E em Pernambuco?

Alanir Cardoso – No cenário estadual, temos também uma batalha importante que é a continuidade do que foi realizado no governo de Eduardo Campos, que foi muito positivo e se desenvolveu graças a articulação entre o Governo Estadual, com Eduardo, e o Governo Federal, com Lula e Dilma, o que nos permitiu vivenciar momentos importantes, tanto do ponto de vista da modernização da economia pernambucana, como também, a época de estaleiros, das indústrias automobilísticas modernas e da refinaria. Portanto, queremos a continuidade desse desenvolvimento em Pernambuco com a eleição de Paulo Câmara.

No início desta campanha, Paulo era um candidato pouco conhecido, mas apoiado por um amplo leque de forças constituído por 21 partidos que dão sustentação à Frente Popular de Pernambuco. No começo estávamos com as intenções de voto lá em baixo, o que é natural já que ele era pouco conhecido, mas no decorrer dos dias, Paulo passou a ser conhecido, a ser identificado como o candidato que vai dar continuidade ao trabalho de Eduardo Campos. E nós vamos observando um quadro que vai dando possibilidades de vitórias, uma batalha que deve ser desenvolvida até o fim.

Com relação às candidaturas do PCdoB?

Alanir Cardoso – Neste cenário de continuidade de desenvolvimento é que está inserido o PCdoB. Nós temos o desafio da reeleição de Luciana Santos e Carlos Cadoca, os deputados federais, como também o desafio de retomar o nosso mandato na Assembleia Legislativa, que se identifica nas candidaturas de Marcelino e do nosso companheiro Brasil. E isso só será possível por meio dos esforços dos militantes e dos amigos do partido. O êxito da reeleição de Dilma, da eleição de Paulo, só será completo com a renovação dos mandatos de Luciana e Cadoca, e a eleição de Marcelino e Brasil.

Qual sua mensagem para nossa militância neste momento?

Alanir Cardoso – Precisamos intencionar todas as nossas forças e convocar os militantes, apoiadores, amigos das nossas candidaturas a participarem da nossa campanha com plena criatividade e todas as iniciativas possíveis, mantendo um grande visual, participando de dia e de noite, fazendo com que a mensagem de nossos candidatos chegue ao maior número possível de eleitores. O objetivo é convencer a população da necessidade de o PCdoB ter grande êxito neste pleito. Sabemos que há um esforço dos nossos militantes desde o interior até a Região Metropolitana do Recife, mas precisamos continuar firmes e unidos nesta batalha eleitoral até o dia 5 de outubro, visando sempre o melhor para o nosso Estado e a nossa Nação.

Entrevista concedida à jornalista Elaine de Paula, do Recife.