Educação integral alcança 12% de matrículas das redes públicas
A educação integral alcançou este ano 12% das matrículas nas redes públicas da educação básica, disse o ministro Henrique Paim durante webconferência sobre o tema que contou com a participação de internautas de 1,6 mil pontos.
Publicado 19/09/2014 11:14
Ao todo, 60.368 estabelecimentos de ensino participam do programa do Ministério da Educação em prol da ampliação da jornada escolar, o que resulta em, aproximadamente, oito milhões de estudantes na escola o dia inteiro.
Para desenvolver a educação integral, segundo o ministro, é necessária a colaboração dos gestores estaduais e municipais no País todo e dos profissionais em cada escola. “A assistência técnica e financeira é importante, mas se não houver paixão dos educadores não haverá mudança”, explicou.
Durante o evento, o Paim lançou o Portal da Educação Integral, que é um espaço digital que organiza conteúdos, agenda de atividades, faz conexão com o Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), divulga notícias do andamento da educação integral nos estados e municípios, tem um espaço de vídeos. A 47ª webconferência foi realizada nessa quinta-feira (18).
Recursos
Na abertura da webconferência, Romeu Caputo, presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), explicou que o repasse de dinheiro às escolas participantes do programa, este ano, será feito em duas parcelas. A escola que aplicar os recursos da primeira parcela recebe a segunda.
Ao reafirmar o compromisso com o programa, Caputo disse que foram transferidos às escolas mais de R$ 1 bilhão neste ano, via PDDE. Sobre a transferência de recursos para a merenda escolar, que é feita em cota única para a prefeitura, o presidente do FNDE lembrou que os diretores devem informar no censo escolar o número de estudantes matriculados na jornada integral – mínimo de sete horas por dia ou 35 horas semanais – para que o município adquira os alimentos necessários para as refeições.
Currículo
A secretária de Educação Básica, Maria Beatriz Luce, falou que a política nacional de educação no Brasil acontece em regime de colaboração entre a União, estados, Distrito federal e os municípios.
Entre os diversos temas tratados por Luce, está em destaque a construção de um que aborde o que ensinar, como ensinar, a quem ensinar. O tema, ela explicou, está em consulta pública e terá sentido se for elaborado pela comunidade escolar, que tenha uma base nacional e a parte diversificada contemplando as realidades regionais, estaduais e locais.
A secretária também chamou a atenção sobre a importância do Plano Nacional de Educação (PNE), promulgado em julho deste ano, que traz metas a serem cumpridas até 2014. “O momento agora é elaborar os planos estaduais e municipais de educação”, para que as metas sejam alcançadas, segundo Maria Beatriz Luce.
Fonte: Ministério da Educação