Gilberto Carvalho diz que denúncias têm caráter eleitoreiro
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, classificou como “boataria” as denúncias de envolvimento de parlamentares em esquema de pagamento de propina na Petrobras. Segundo o ministro, as acusações têm caráter eleitoreiro.
Publicado 08/09/2014 06:30
“Não posso tomar como denúncia contra a base aliada uma boataria de um vazamento sobre um procedimento que não sei qual é. Só vamos falar depois que houver o inteiro teor das denúncias”, disse ao final do desfile de 7 de Setembro. “Estão tentando usar a notícia de delação premiada para, no desespero, mudar o rumo da campanha. O vazamento é sempre condenável”, completou.
Para Carvalho, só após a confirmação das denúncias o governo fará a apuração do caso. “As apurações serão feitas como sempre ocorreram”, afirmou.
Denúncias publicadas na revista Veja desta semana afirmam que o ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa revelou, por meio da delação premiada, nomes de mais de 30 pessoas, entre parlamentares, ministros e ex-governadores que teriam participado do esquema. Os políticos teriam recebido 3% de comissão sobre o valor dos contratos da Petrobras durante a gestão de Paulo Roberto, que está preso desde junho.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), também se manifestou sobre as declarações de Costa e disse "repudiar as especulações" do ex-diretor da Petrobras. Renan destacou que suas “relações com todos os diretores da estatal nunca passaram os limites constitucionais”. O nome do Senador está entre os citados pelo ex-diretor da Petrobras. “É dever do Supremo Tribunal Federal e do Ministério Público apurar a veracidade das declarações do ex-servidor a fim de esclarecer se ele merecerá ou não o benefício da delação premiada”, informou Renan no texto, ao acrescentar que o mau uso do instituto da delação premiada “deve redundar em um agravamento de pena daquele que tentou manipular os rumos da apuração.”
Fonte: Agência Brasil