Acadêmicos chineses valorizam visita de Xi Jinping ao Brasil
Acadêmicos chineses acreditam que a visita de Estado do presidente Xi Jinping ao Brasil, realizada em meados de julho, terá um papel fundamental para o desenvolvimento futuro das relações bilaterais.
Publicado 31/07/2014 19:13
Zhou Zhiwei, pesquisador do Centro de Estudos Brasileiros da Academia Chinesa de Ciências Sociais, disse à Xinhua que o governo brasileiro e seu povo têm muita consideração à evolução dos laços com a China, a segunda economia do mundo e o principal parceiro comercial do Brasil nos últimos cinco anos.
Aos olhos de Zhou, são bons exemplos os novos acordos assinados durante a visita de Xi a Brasília. Duas empresas chinesas fecharam contratos com a fabricante brasileira de jatos regionais, Embraer, para adquirir 60 aviões modelo E190. A estatal chinesa de energia, State Grid, marcará presença nos principais projetos de transmissão de energia no território brasileiro através do investimento, construção e manutenção.
Zhou acredita que para o Brasil, a parceria com a China pode ajudar a atender às demandas por capital e infra-estrutura.
E as relações econômico-comerciais sino-brasileiras também terão um novo impulso no próximo futuro. "A visita de Xi abriu novos horizontes para a cooperação, inclusive nas áreas como financiamento e telecomunicações. No passado, a palavra chave dos intercâmbios comerciais entre os dois países foi 'recursos', e acredito que a partir de agora vamos ter muitas novas, graças a uma nova visão estratégica e sistemática dos dois governos", sublinhou.
Para Sun Yanfeng, pesquisador dos Institutos Chineses das Relações Internacionais Contemporâneas, os acordos de cooperação financeira assinados durante a visita são os mais salientes entre todos, porque poderão projetar um futuro ainda mais brilhante para o capital chinês neste país latino-americano.
Além disso, Sun apontou que a cooperação sino-brasileira em tecnologia informática, que poderá impulsionar no futuro a economia global, não apenas vai quebrar o monopólio dos países industrializados e reforçar a segurança informática dos países em desenvolvimento, mas também expandir a dimensão dos laços econômico-comerciais entre a China e o Brasil.
Este ano marca o 40º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas sino-brasileiras.
Fonte: Xinhua