Vice-presidente colombiano defende participação política da guerrilha
O vice-presidente colombiano, Angelino Garzón, declarou neste sábado (5) que é favorável a uma participação aberta da guerrilha na política do país, a partir de uma eventual assinatura de um acordo de paz entre o governo eas Farc.
Publicado 06/07/2014 05:26
Esse acordo, acrescentou, também incluiria o Exército de Libertação Nacional (ELN) com o qual se iniciou uma etapa de conversações exploratórias.
Para que o processo de paz avance para um bom resultado, segundo Garzón é necessário dar essas garantias aos grupos insurgentes. Este não é uma questão jurídica, de leis, mas política, e requer a vontade das partes, sublinhou.
Em sua opinião, se as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e o ELN tomam a decisão de assinar um acordo que ponha fim ao conflito armado, é mais fácil explicar à população por que razão eles devem fazer política e participar das instituições do Estado.
Desde sua instalação em Havana, em 19 de novembro de 2012, o processo de paz entre o governo e as Farc concretizou três acordos qualificados de históricos pela comunidade internacional.
Estes acordos se referem ao desenvolvimento agrário integral, à participação política e à solução ao problema das drogas ilícitas.
Decidiu-se ainda abordar em mesas paralelas de diálogo os dois pontos pendentes de discussão, dos cinco incluídos na agenda pactuada: as vítimas e o fim do conflito propriamente dito.
Quanto ao tema das vítimas, já se registrou um avanço importante, a definição dos 10 princípios básicos nos quais o debate se centrará.
Entre estes figuram a verdade, a justiça, a reparação, a não repetição e o respeito a seus direitos humanos fundamentais.
Prensa Latina