Anwar Assi: Libertação de Homs é fim de uma longa espera

Nesta sábado (10), milhares de cidadãos sírios puderam retornar a suas casas na parte antiga da cidade de Homs (a 160 quilômetros a oeste de Damasco), após um período de quase três anos em que foram expulsos do local por terroristas apoiados pelos Estados Unidos, pela França, pelo Reino Unido, pelas ditaduras monárquicas árabes, por Israel e pela Turquia.

Por Anwar Assi*, especial para o Portal Vermelho

Civis retornam à cidade de Homs libertada

Mesmo com toda a destruição causada pelos confrontos, a alegria estava estampada no rosto de homens, mulheres e crianças que puderam retornar ao lar depois de tanto tempo. O retorno deles só foi possível graças a determinação e a coragem do exército regular sírio, que conseguiu impor uma vitória incontestável sobre os tais dos "rebeldes", muitos deles estrangeiros,inclusive europeus e tchetchenos, que não possuem nenhum direito e nem justificativa para destruírem a Síria.

Em Homs, o principal grupo terrorista em atuação era o "Jubhat Nusra", grupo filiado à al-Qaida, com vários estrangeiros em suas fileiras, apoiado por regimes ocidentais, árabes, da Turquia e Israel. Detalhe: a retirada desses terroristas foi feita sob a supervisão da ONU, que deu proteção para os combatentes da al-Qaida. Uma vergonha!

A campanha militar do exército sírio permitiu um acordo que não só forçou a retirada dos últimos 2 mil terroristas de Homs, como permitiu também a libertação de dezenas de pessoas que foram feitas reféns em outras regiões sírias, incluindo crianças (como mostram as fotos), além de outros civis e militares, que foram sequestrados nas regiões de Alepo (segunda maior cidade síria) e em Latakia.

O acordo permitiu também a entrada de ajuda humanitária para as cidades de Nubul e Zahraa, no norte da zona rural de Alepo, que estão sitiadas há dois anos por grupos terroristas, e que possuem pelo menos 47 pessoas sequestradas, a maioria mulheres e crianças.

A Câmara de Comércio de Homs já criou um fundo com US$ 600 mil para reconstruir essa parte destruída da terceira maior cidade da Síria. Porém, quem deveria pagar pelo prejuízo deveriam ser esses regimes bandidos que patrocinam os grupos terroristas armados em território sírio.

Vitória militar

Sob o viés militar, a retomada de Homs representa uma grande vitória do exército sírio não só pela posição estratégica, uma vez que Homs é uma cidade está próxima do Líbano e é um ponto de interligação com a parte costeira do Mediterrâneo, no Oeste da Síria, e com a cidade de Alepo, que hoje está parcialmente controlada por grupos armados, como também tem um significado político grande, pois Homs era chamada cinicamente de "capital da revolução" pelos conspiradores envolvidos na destruição da Síria.

Apesar da vitória nesta grande batalha, é evidente que o conflito na Síria ainda não terminou. Porém, com últimas conquistas do exército sírio em Homs, Qalamoun, Qusseyr e nas cidades que formam a zona rural de Damasco, os terroristas estão sendo empurrados para o norte (Deir Azzour, Raqqa, fronteira com a Turquia etc), onde em breve começará a grande batalha pela libertação total da Síria desses ratos terroristas apoiados por Estados, França, Reino Unido, Israel, monarquias árabes e Turquia.

*Jornalista brasileiro