Ulan lança portal das agências de notícias latino-americanas
A União Latino-Americana de Agências de Notícias (Ulan), que reúne veículos de nove países da América Latina e do Caribe, marcou para o dia 4 de agosto o lançamento do portal Ansur, que reunirá as principais notícias produzidas pelas agências de cada um dos países associados. O novo portal será lançado em Quito, no Equador.
Publicado 23/04/2014 10:33
A decisão foi tomada nesta terça-feira (22) na 3ª Assembleia Geral da Ulan, em Havana, Cuba. No encontro, participaram representantes da Télam (Argentina), da Agência Boliviana de Informação (Bolívia), da Prensa Latina (Cuba), Agência Pública de Notícias do Equador e América do Sul (Equador), da Notimex (México), da Agência Peruana de Notícias (Peru), da Agência Venezuelana de Notícias (Venezuela), da Agência Brasil e da Secretaria de Comunicação do Uruguai.
O novo portal terá conteúdo multimídia, com reportagens, fotos, infográficos, ilustrações, áudios e vídeos. O material será publicado em espanhol, português e inglês.
No encontro, foram acertados os detalhes para o funcionamento do novo portal, tais como o envio de material e critérios editoriais. Além de conteúdo factual, o portal terá reportagens especiais com a participação das agências públicas de notícias que integram a Ulan.
O encontro resultou ainda na divulgação da Declaração de Havana, documento no qual a Ulan destaca a importância de ampliar a integração entre as agências e a necessidade de aprofundar as relações de cooperação com o objetivo de fortalecer sua condição de espaço plural e democrático, a partir de uma visão latino-americana e caribenha.
A Ulan também declarou apoio à integração da América Latina e do Caribe através da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). Em fevereiro, ocorreu em Havana a 2ª Cúpula da Celac, na qual os chefes de Estado e os governos da região ratificaram o empenho em incrementar a luta pela integração, paz, prosperidade, soberania e pelo diálogo como forma de trabalhar por um futuro melhor para seus povos.
A organização das agências notícias manifestou ainda preocupação com a ação do governo norte-americano de operar uma rede social paralela, conforme apontado recentemente pela Associated Press (AP). A rede, chamada Zunzuneo – nome cubano do beija-flor –, funcionou entre 2009 e 2012. A finalidade dessa rede era fazer propaganda para os jovens contra o governo cubano.
Outro manifesto da assembleia foi em defesa das instituições democráticas venezuelanas. A Ulan condenou “qualquer intento de modificar a realidade política [da Venezuela] por vias violentas e inconstitucionais”. A entidade defendeu o processo de diálogo proposto pelo presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, como forma de garantir a democracia e a solução dos problemas, e o acompanhamento do processo pela União das Nações Sul-Americanas (Unasul).
Ao final do encontro, os participantes da 3ª Assembleia Geral da Ulan confirmaram a agência argentina Télam na Presidência do organismo internacional.
Fonte: Agência Brasil