Obama visita Arábia Saudita com Irã e Síria na agenda política

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, chegou nesta sexta-feira (28) a Riad, onde terá um encontro com o rei saudita, Abdullah bin Abelaziz, no qual tentará de diminuir as tensões surgidas depois do acordo nuclear com o Irã e também abordar o que os dois países têm feito em relação à intervenção praticada contra a Síria.

Os monarcas árabes se irritaram com os Estados Unidos depois do acordo em matéria nuclear fechado em novembro pelo Irã com o Grupo 5+1 (Estados Unidos, Rússia, China, Reino Unido, França e Alemanha).

Com este acordo, o Irã se comprometeu a não continuar com seu programa nuclear durante seis meses, tempo no qual as negociações continuarão em busca de um acordo definitivo. A Arábia Saudita também criticou recentemente os Estados Unidos por sua falta indecisão em agir diretamente no apoio aos bandos armados que operam na Síria.

A viagem de Obama acontece no momento que o Oriente Médio vive mais uma crise, entre o Catar e o bloco formado por Arábia Saudita, Barein e Emirados Árabes Unidos, depois de estes retirarem agora em março seus embaixadores da capital catariana.

Os três países tomaram a medida por considerar que o Catar interveio em seus assuntos internos e que não respondeu aos pedidos de "não respaldar grupos que ameacem a estabilidade e segurança" dos estados do Golfo, em alusão à Irmandade Muçulmana.

A Arábia Saudita é um dos países que gastam mais dólares com importação de armamentos dos Estados Unidos.

A Arábia Saudita — o prinicipal aliado estratégico dos EUA no Oriente Médio — adquiriu até 2013 US$ 33,4 bilhões em armas pesadas, inclusive 84 caças F-15 (foto) e dezenas de helicópteros Apache e Black Hawk. Seguiram-se a ela duas outras monarquias ultra-conservadoras da Península Arábica, ambas fortemente alinhadas a Washington: Emirados Árabes e Omã.

Do Portal Vermelho, com informações da Voz da Rússia