Câmara fará sessão para homenagear resistência e não a ditadura
O presidente da Câmara, deputado Henrique Alves (PMDB-RN), cedeu aos apelos dos partidos de esquerda, como o PCdoB, e decidiu que acolherá o requerimento da deputada Luiza Erundina (PSB-SP) para a realização de uma sessão solene para homenagear a resistência à ditadura militar. A sessão ocorrerá no dia 1º de abril, às 9h30. Ao mesmo tempo, negou o requerimento do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), que queria homenagear a ditadura.
Publicado 25/03/2014 19:14
O presidente da Câmara disse que não poderia acolher um requerimento “para exaltar a ditadura”. Segundo ele, "esta Casa não poderia fazer isso de jeito nenhum porque foi perseguida, brutalmente atingida pela revolução, seus membros cassados, essa casa fechada, portanto, estou indeferindo."
Em sua conta no twitter, Alves afirmou: “A Câmara não pode homenagear um regime que fechou três vezes esta Casa e cassou 173 parlamentares”, destacando que sua decisão teve apoio integral dos líderes.
O anúncio foi feito durante a reunião dos líderes partidários, nesta terça-feira (25). O requerimento da deputada pede a realização da sessão para homenagear “civis e militares que resistiram à ditadura”.
Já Bolsonaro havia apresentado um requerimento para a realização da sessão solene em homenagem a ditadura, afirmando que o regime instaurado em 1964 teve amplo apoio social e “que possibilitou, ao longo de 20 anos a consolidação da democracia”.
Da Redação em Brasília
Com Agência Câmara