Votação do relatório sobre PNE foi mais uma vez adiado
O parecer do deputado Angelo Vanhoni (PT-PR) sobre o Plano Nacional de Educação (PNE) foi lido nesta quarta-feira (19) na comissão especial que analisa a proposta. A votação do texto, no entanto, foi adiada devido a um pedido de vista dos demais integrantes do colegiado. Agora, os deputados terão de esperar um prazo de duas sessões ordinárias do Plenário da Câmara para poder votar o relatório, que tem 31 páginas.
Publicado 20/03/2014 13:46
Entre os pontos que estão gerando polêmica, estão a inclusão da promoção das discussões de igualdade de gênero e de orientação sexual nas escolas e a destinação de 10 % do PIB (Produto Interno Bruto) para a educação pública.
A proposta, que já havia sido aprovada pelos deputados em 2012, sofreu alterações no Senado e, por essa razão, voltou para apreciação da Câmara. Após ser aprovado na comissão especial, o relatório ainda precisará ser examinado pelo Plenário.
O relatório de Vanhoni mantém a destinação dos 10% do PIB exclusivamente para investimento na escola pública, ao contrário do que estipulou o Senado. “Os 10% do PIB serão investidos na escola pública brasileira e não na educação como um todo como definiu o Senado. Queremos que os recursos públicos garantam a inclusão de todas as crianças e jovens em uma educação gratuita e de qualidade”, defendeu Vanhoni.
Apesar das modificações, o relatório reconhece as contribuições feitas pelo Senado para aperfeiçoar o texto. Entre os avanços, o parecer cita a ampliação de entidades na oferta de educação especial, a inserção de estratégias para a participação das famílias no acompanhamento escolar, e a promoção do esporte na escola.
O relator também elogiou a inserção de medidas para a identificação de alunos com altas habilidades ou superdotação, e a vedação à recusa de matrícula no ensino regular de aluno com deficiência.
O texto de Vanhoni também garante a promoção da igualdade racial, regional, de gênero e de
orientação sexual e a erradicação de todas as formas de discriminação. O texto do Senado aponta a superação das desigualdades educacionais, mas com ênfase na promoção da cidadania e erradicação de todas as formas de discriminação, sem especificar quais seriam elas.
Da Redação em Brasília
Com Agência Câmara