ONU realiza nova conferência de assistência a refugiados sírios
O emir do Kuwait, xeique Sabah Ahmad Al-Jaber Al-Sabah anunciou nesta quarta-feira (15) que o seu país promete enviar US$ 500 milhões em assistência para ajudar no financiamento dos esforços humanitários da Organização das Nações Unidas (ONU) na assistência a milhões de sírios. As relações entre o Kuwait e a Síria, entretanto, estão congeladas desde 2011, no contexto de ingerência improdutiva na política interna dos sírios.
Publicado 16/01/2014 11:12
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, preside uma conferência internacional de angariação de fundos, recebendo representantes de 69 países, com o objetivo de alcançar US$ 6 bilhões para a assistência humanitária aos refugiados sírios.
De acordo com a organização, até o final do ano quando o conflito na Síria terá completado três anos de violência disseminada pelo país e pela região, mais de nove milhões de sírios terão sido forçados a se deslocar internamente, e mais de quatro milhões terão se refugiado em países vizinhos.
A crise humanitária consequente da violência e da continuidade do conflito armado levou a ONU a impulsionar campanhas de assistência, uma vez que seus recursos são demandados de forma rápida e massiva.
O anúncio de Al-Sabah insere-se na segunda conferência de arrecadação de fundos pela Síria no Kuwait, enquanto outros vizinhos, como a Arábia Saudita, o Catar, a Turquia e Israel, por exemplo, mantêm o apoio financeiro, bélico, logístico e político aos grupos armados que lutam contra o governo da Síria, compostos em grande medida por mercenários estrangeiros e extremistas religiosos, sobretudo sauditas.
Al-Sabah também apelou aos países em todo o mundo que não participaram na conferência para somarem-se nos esforços de levantamento de recursos, para ajudar os refugiados sírios. Ele também instou os membros do Conselho de Segurança da ONU a “deixarem suas diferenças de lado e focar na busca por uma solução ao conflito na Síria.”
Entretanto, o parlamento kuwaitiano aprovou uma lei, ainda em 2011, de congelamento das relações como o governo sírio, uma medida também de ingerência na política interna do país árabe, uma vez que se deu no contexto do “protesto diplomático” contra um conflito alimentado desde o exterior, tanto por vizinhos quanto por potências como os EUA, o Reino Unido e a França.
Da redação do Vermelho,
Com informações do portal Middle East Monitor